A China permitirá alguma liberalização para empresas de ativos mobiliários e futuros na área de livre comércio de Xangai, como parte da promessa do governo chinês de relaxar as restrições nos setores de serviços e financeiro, afirmou o vice-presidente do comitê da Área de Livre Comércio de Xangai, Dai Haibo, citando neste domingo (29), citando um memorando do órgão regulador de ativos mobiliários chinês. A área de livre comércio será lançada oficialmente na próxima terça-feira, segundo o Conselho Estatal da China, ou Gabinete.
A Comissão Regulatória de Ativos Mobiliários da China (CSRC, em inglês) deu sinal verde para que a Bolsa de Xangai estabeleça uma companhia de energia destinada a impulsionar a construção de uma plataforma internacional de negociação de contratos futuros de petróleo, disse Dai.
"Essa plataforma deverá atrair investidores para que participem do mercado de futuros local", o que contribui para a abertura do mercado de futuros da China à competição estrangeira", ressaltou Dai. As companhias e indivíduos qualificados na área terão permissão para fazer investimentos de "duas vias" e negociação em ativos mobiliários e futuros, acrescentou.
As controladoras no exterior das corporações vão ser autorizadas a emitir títulos denominados em yuan no mercado interno, segundo Dai.
A CSRC apoiará o estabelecimento de unidades especializadas na área de livre comércio por empresas de ativos mobiliários e futuros, e um primeiro grupo dessas empresas já está se preparando para estabelecer unidades de gestão de risco e de ativos lá, afirmou o vice-presidente do comitê.
Além disso, as empresas de ativos mobiliários e de futuros terão permissão para fazer negociação de balcão no mercado de commodities e derivativos financeiros no mercado doméstico, disse Dai.
O governo da China afirmou em um comunicado na sexta-feira que a área de livre comércio de Xangai é um teste para uma reforma em âmbito nacional. A área foi considerada como um passo importante na abertura de setores essenciais da economia chinesa para mais concorrência e capital privado.