Beneficiado por um plano de estímulo para fomentar a demanda interna e compensar assim a queda das exportações, com subsídios à compra de carros menos poluentes e ajudas a camponeses para adquirir veículos, o mercado chinês de automóveis cresceu quase 45% em 2009, se transformando no maior mercado mundial de veículos, superando pela primeira vez os Estados Unidos.
Em 2009 foram vendidos na China mais de 13,5 milhões de automóveis, segundo anúncio de um grupo industrial do país.
O auge na China coincidiu com a má situação do mercado americano, onde foram vendidos 10,43 milhões de automóveis em 2009, 21% menos que em 2008 e o número mais baixo em 27 anos.
Os números, no entanto, foram calculados e comparados pelo Centro de Pesquisa Automotiva dos EUA, e terá que esperar sua confirmação por parte da Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis.
O forte crescimento no mercado chinês também se explica por um esfriamento em 2008, quando as vendas só cresceram 6,7% em relação ao ano anterior, enquanto em anos anteriores os aumentos tinham sido de entre 13 e 25%.
O governo chinês confirmou em dezembro que continuará as políticas de estímulo ao consumo no setor automobilístico em 2010, por isso espera-se que a liderança na indústria mundial continue.
Do auge do automóvel na China se beneficiaram muitas marcas multinacionais, incluídas algumas com problemas em outros mercados, como a General Motors, que aumentou suas vendas na China em 66,9% em 2009, com mais de 1,82 milhões de veículos vendidos.
O mercado chinês do automóvel, por outro lado, segue tendo um imenso potencial de crescimento, já que o país tem só 35 veículos por cada 1.000 pessoas, enquanto nos países desenvolvidos esse número passa de 400 e, nos Estados Unidos (país com mais densidade de veículos por habitantes) chega a 800.