O Partido Comunista da China afirmou nesta segunda-feira que o estímulo aos gastos públicos vai ser a principal medida para elevar o crescimento econômico neste ano, enquanto o banco central do país fez um alerta para riscos de deflação.
O partido reafirmou que o governo vai buscar "aumentar o papel da demanda doméstica na promoção do crescimento", já que a demanda por exportações tem se enfraquecido, de acordo com a agência oficial de notícias Xinhua.
As autoridades chinesas têm dito que vão combater a desaceleração do crescimento com iniciativas para promover o gasto doméstico.
Mas o comunicado salienta a importância dos gastos públicos justamente semanas antes da aprovação formal do parlamento do planejamento econômico para o ano. O politburo analisou o relatório anual do governo para o parlamento, que se reúne no começo de março.
A China "vai aumentar o investimento do governo em uma escala ampla, e vai dar início a um ajuste abrangente e a planos de socorro para a indústria", afirmou a reportagem que descrevia a reunião.
"Expandir de forma ativa a demanda doméstica, especialmente a demanda dos consumidores, e aumentar a contribuição da demanda doméstica para o crescimento econômico", completava o texto.
A matéria não trazia muitos detalhes, mas dizia que a China vai aumentar muito os gastos em projetos de infra-estrutura e de previdência social.
A China já desembolsou 4 trilhões de iuans (585 bilhões de dólares) dos recursos para o estímulo econômico anunciados no fim do ano passado.
O Banco Central da China alertou ainda nesta segunda-feira que o país corre o risco de registrar deflação no curto prazo e de ter pressões continuamente negativas sobre o crescimento econômico.
"Atualmente, o poder de pressionar os preços é fraco, e as pressões negativas são relativamente fortes", afirmou o relatório. "O risco de deflação é relativamente grande."