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Crise

China pode resistir à turbulência, diz presidente do BC chinês

A China não deve subestimar o impacto da crise financeira global, mas sua economia é suficientemente forte para enfrentar a turbulência, disse o presidente do Banco Popular da China (banco central chinês), Zhou Xiaochuan, num encontro com parlamentares.

"O ajuste atual dos mercados econômicos e financeiros globais é o resultado inevitável da liberação de contradições desequilibradas que se acumularam por um longo tempo", disse.

O Banco Popular da China continuará a praticar uma política monetária flexível e prudente a fim de enfrentar os "elementos instáveis" que atacam a economia global e procurará manter o crescimento econômico acelerado e estável, acrescentou Xiaochuan "Temos de reconhecer que a projeção para nossa economia como um todo é boa", declarou.

"A força de nossos órgãos financeiros está aumentando e sua rentabilidade e capacidade de combater riscos também estão crescendo, a liquidez de mercado é ampla e o sistema financeiro é estável e seguro", enumerou o presidente do BC chinês. "Podemos nos defender efetivamente contra o impacto vindo do exterior", garantiu.

Segundo o site do parlamento chinês, Xiaochuan também afirmou que o banco central continuará a ajustar as taxas de juros para manter suficiente liquidez no mercado. Além disso, a instituição apoiará políticas destinadas a injetar dinheiro na economia por meio do socorro às regiões devastadas pelo terremoto de 12 de maio na província de Sichuan.

"Vamos manter a estabilidade fundamental da taxa de câmbio", acrescentou. "Vamos fortalecer a administração do câmbio e impedir que a movimentação dos capitais de curto prazo tenham impacto em nosso sistema financeiro", prometeu.

Na última segunda-feira, a China anunciou que o crescimento de seu Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre diminuiu para 9%, na primeira vez desde o final de 2005 em que a expansão foi de apenas um dígito porcentual. O número também foi o mais baixo desde o segundo trimestre de 2003. No sul da China, fábricas que dependem da exportação para os EUA e outros países ricos começaram a fechar e a demitir milhares de trabalhadores.

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