A China precisa de mais medidas para estimular o consumo doméstico, incluindo a melhoria do sistema de saúde, para construir uma base econômica sólida, disse o presidente do banco central, Zhou Xiaochuan, nesta sexta-feira.
As exportações e a produção industrial desaceleraram fortemente nos últimos meses, em meio à crise global, expondo a vulnerabilidade da economia chinesa resultante da confiança nos investimentos e nas vendas externas.
Apesar da previsão para as vendas no varejo serem de alta de 13 a 14 por cento, em termos reais, neste ano, a contribuição do varejo para o Produto Interno Bruto (PIB) continua caindo, afirmou Zhou durante um fórum financeiro.
Pequim deve investir mais para desenvolver seu setor de saúde, segundo ele, porque isso somado à melhora geral do bem-estar social reduzirá a necessidade dos consumidores de poupar dinheiro por preocupação.
Segundo ele, o gasto com saúde é de apenas 2 a 3 por cento do PIB, valor bastante inferior ao de muitos países, como os Estados Unidos.
"Um bom sistema de seguro social será útil para estimular o consumo", afirmou Zhou.
Zhou acrescentou que o governo precisa explorar formas de aumentar o tempo de lazer dos cidadãos para estimular o consumo.
Ele pediu aos pesquisadores do governo que trabalhem mais para produzirem estudos melhores sobre o consumo para ajudar a guiar a política.
O crescimento anual do PIB da China caiu para 9 por cento no terceiro trimestre ante 11,9 por cento em 2007. Muitos economistas esperam que a expansão da economia do país caia abaixo dos 8 por cento em 2009, ritmo considerado necessário para a criação de empregos suficientes. Alguns esperam que o crescimento caia para até 5 por cento.