O superávit comercial da China se ampliou em maio, mas as importações se expandiram bem mais do que os economistas previam aliviando parte das preocupações quanto a uma rápida desaceleração da segunda maior economia do mundo. O superávit comercial chinês aumentou para US$ 13,05 bilhões em maio, ante os US$ 11,4 bilhões de abril. A mediana das previsões dos economias previam resultado de US$ 19,6 bilhões.
As importações cresceram 28,4% em maio, ante o mesmo mês do ano passado, acelerando fortemente em relação à alta anual verificada em abril, de 21,8%. Economistas esperavam uma alta de 22% nas importações. O aumento das compras de produtos de outros países "mostra que a demanda doméstica continua forte e que a economia ainda não está desacelerando num ritmo que seja preocupante", disse o economista Ma Xiaoping, do HSBC.
As exportações chinesas avançaram 19,4% em maio, ante o mesmo período de 2010, o que indica um crescimento menor que o registrado em abril, de 29,9%. Neste caso, economistas experavam uma alta de 20,4%. A desaceleração das exportações reflete um movimento idêntico no crescimento econômico dos EUA e de outras economias ao redor do globo, bem como as interrupções temporárias provocadas pelo terremoto no Japão em março, segundo Xiaoping.
Na comparação mensal, as importações recuaram 0,1% em maio ante abril, enquanto as exportações aumentaram 1%, conforme os dados da alfândega chinesa. Em comunicado, economistas do Citibank disseram que os aumentos no volume de importações compensaram o declínio nos preços das commodities desde abril. Eles preveem, contudo, que o crescimento das importações da China pode ser mais moderado nos próximos meses, devido à desaceleração da demanda doméstica e à redução da procura por matérias-primas a serem transformadas em produtos de exportação.
O volume de minério de ferro importado pela China, indicador da demanda industrial de commodities, subiu 2,7% em relação a um ano antes e 0,8% na comparação com abril. De acordo com analistas, os investidores em minério estavam tirando proveito da queda de preços que se seguiu ao terremoto no Japão. As importações de soja também aumentaram fortemente em maio, com alta de 18% sobre o total de abril e de 4% ante maio do ano passado, para 4,56 milhões de toneladas.
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