Após encontro bilateral com o presidente da China, Xi Jinping, a presidente Dilma Rousseff ouviu do chinês nesta quinta-feira (17) que o país retirou o embargo às exportações de carne bovina brasileira.
A decisão, cercada de expectativa pelo setor, foi um dos pontos altos do encontro entre os dois chefes de Estado, na manhã desta quinta no Palácio do Planalto.
Após mais de uma hora e meia de conversas, Dilma enumerou a série de acordos firmados com a China e destacou a participação chinesa nos maiores projetos de infraestrutura do país.
O encontro, pautado pelo interesse brasileiro em "vender" à China propostas de participação na construção e concessão de ferrovias e rodovias, além do setor elétrico, culminou na assinatura de 32 de 54 atos de cooperação entre os dois países.
"Apresentei ao presidente Xi as oportunidades que se abrem nos setores ferroviário, portuário, aeroviário e rodoviário. Aqui as indústrias chinesas encontrarão segurança jurídica e marco regulatório estável e serão muito bem vindos", disse Dilma.
Acordos de cooperação
Na cerimônia desta manhã, foram assinados ao todo 32 acordos de cooperação entre Brasil e China.Entre os principais, a venda de aviões da Embraer e uma série de memorandos entre o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e instituições financeiras chinesas, como o Eximbank (Banco de Exportação-Importação da China), o CDB (Banco de Desenvolvimento da China) e o CIC (Corporação de Investimento da China).
Segundo o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, "são uma demonstração de grande interesse do sistema financeiro em interagir com o Brasil e com o BNDES particularmente".
Também foi assinado ato pela venda de 20 jatos E-190 da Embraer ao ICBC (Industrial and Commercial Bank of China). Outro acordo também prevê a venda de 40 aeronaves da Embraer (20 modelos E-190 e 20 modelos E-190E-2) à Tianjin Airlines.
Brasil e China ainda estabeleceram acordo para a construção de um armazém de logística entre Correios do Brasil e a Alibaba -gigante chinesa do comércio eletrônico. Segundo o governo brasileiro, a cooperação integrará a plataforma de negócios do site com a estrutura logística dos Correios.
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