A China vai encerrar descontos sobre impostos que incidem sobre exportações de uma série de commodities, incluindo produtos siderúrgicos, amido de milho, produtos de borracha e etanol, informou o Ministério das Finanças, apesar do país enfrentar uma alta do iuan.
A decisão decepcionou siderúrgicas locais, que esperavam mais suporte do governo em meio a pressões de margens de lucro potencialmente graves no terceiro trimestre, assim como mais um declínio nas exportações, como resultado da valorização do iuan.
"As exportações de aço da China já estão difíceis e não têm competitividade de preço, e vamos enfrentar um ambiente muito mais difícil se alguns impostos não forem reduzidos", disse um gerente de exportação de uma importante siderúrgica.
A partir de 15 de julho, a indústria de aço verá a retirada de um desconto de 9% nas exportações de bobinas laminadas a quente, seções, alguns produtos laminados a frio e bobinas galvanizadas por imersão a quente, informou o ministério em seu site nesta terça-feira.
A medida era amplamente esperada pelo mercado, apesar de negativas da Associação de Ferro e Aço da China no mês passado. Apesar disso, alguns traders esperavam que o governo mudasse de ideia após a decisão do banco central de permitir que o iuan se aprecie após 23 meses.
A decisão do governo de eliminar as reduções de impostos sugere que o governo chinês continua determinado a consolidar o caótico setor siderúrgico do país e também reduzir disputas comerciais.
As exportações de aço da China têm sido alvo de uma série de medidas anti-dumping pelos Estados Unidos, que citam subsídios na forma de empréstimos de baixo custo, terrenos baratos e incentivos tributários a vendas externas.
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