O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse nesta quarta-feira (22) que pretende colocar em votação o mais rápido possível as duas medidas provisórias (MPs) que contêm propostas relacionadas à crise econômica. Ele se referia às MPs 442, que permite que Banco Central (BC) compre carteiras de bancos pequenos, e 443, que autoriza o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal (CEF) comprarem ações em instituições financeiras privadas.
"O que eu vou tentar fazer é, respeitando a posição de cada bancada, votar a 442 e em seguida a 443, com as mudanças que a Câmara julgar conveniente, exatamente para que a sociedade tenha do Parlamento, uma resposta ágil que o País precisa ter. Esse é o nosso desafio", afirmou ele na saída da cerimônia de comemoração dos 20 anos da Constituição, no Palácio do Planalto. "Portanto, não trabalho agora com a idéia de que ela (a MP 443) vá se arrastar e chegar ao ponto de obstruir a pauta. Eu acho que não.
Chinaglia disse que, apesar do segundo turno das eleições municipais no domingo, a Câmara já está se preparando para realizar votações importantes. "Nós já estamos nos preparando para as votações importantes: a MP 442, esta que acabou de sair, a 443 e também a reforma tributária. Nós vamos estar com uma pauta importantíssima e queremos chegar bastante embalados pra cumprir o que está previsto", afirmou
Segundo ele, a Câmara vai trabalhar para ajudar a minimizar os efeitos da crise. "Naquilo que couber à Câmara, vamos trabalhar. A iniciativa de medidas sempre é do Executivo. Quem conduz a economia é o Poder Executivo. Mas naquilo que couber à Câmara, no sentido de aprimoramento da legislação, evidentemente vamos fazer um trabalho permanente", afirmou. Ele disse que as duas MPs serão votadas em seqüência, o que prova, na sua opinião, que a crise também é a "preocupação dos parlamentares".