Hugo Barra, vice-presidente global da Xiaomi: marca chegou ao Brasil no fim de junho deste ano, com o Redmi2| Foto: Paulo Whiitaker/Reuters

A fabricante chinesa de celulares inteligentes Xiaomi anunciou nesta quinta-feira (24) uma parceria com a Telefônica Vivo para a venda de seus aparelhos nas lojas da operadora, em uma ampliação de sua operação recentemente iniciada no Brasil.

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A parceria prevê que o aparelho Redmi2, carro chefe de vendas da empresa no mundo, seja comercializado exclusivamente nas lojas próprias da Vivo a R$ 249. O valor é menor que os R$ 499 cobrados pela chinesa nas vendas pela Internet, mas exige a aquisição de plano pós pago da operadora.

O anúncio da Xiaomi acontece pouco depois da novata brasileira Quantum iniciar vendas de seu primeiro smartphone também seguindo um modelo de vendas pela Internet.

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As vendas de smartphones no Brasil caíram 13% no Brasil no segundo trimestre ante o mesmo período do ano passado, para 11,3 milhões de aparelhos, segundo dados da empresa de pesquisa de mercado IDC, que cita a valorização do dólar ante o real como gatilho que obrigou o mercado a adiantar as compras para fugir do repasse do câmbio para o preço nas vendas aos consumidores.

A expectativa é que o cenário para o restante do ano permaneça o mesmo. A previsão da IDC Brasil é que 50 milhões de smartphones sejam vendidos até o fim de 2015 no país, queda de 8% frente a 2014.

Sem aumento no preço

O diretor geral da Xiaomi para a América Latina, Leo Marroig, afirmou a jornalistas que apesar da alta histórica do dólar, a companhia não prevê aumento no preço de seus aparelhos, que são produzidos no Brasil desde julho. “Estamos monitorando o mercado com muita atenção, como todos estão fazendo, mas por enquanto o preço do Redmi2 na internet permanece o mesmo”, disse Marroig.

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Há três meses no país, a empresa ainda não pensa em atingir metas de participação no mercado, disse o vice-presidente global, o brasileiro Hugo Barra. “Nosso sonho é chegar a número um, claro que isso vai dar muito trabalho. Mas não trabalhamos com esse tipo de planejamento estratégico. Ajustamos nossos processos de acordo com o mercado para não ter nem excesso de estoques nem falta de produtos”, disse Barra.

O executivo, que não quis revelar dados sobre as vendas da companhia no Brasil até o momento, afirmou que ainda é muito cedo para pensar em comercializar novos produtos ao país. “Estamos no Brasil há três meses. Ainda é cedo para pensar em trazer mais modelos”, disse.