A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, elogiou nesta sexta-feira o plano apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para impulsionar o crescimento econômico e reduzir o desemprego.
Em declarações produzidas no Instituto de Relações Internacionais Chatham House, em Londres, Lagarde disse que os países que enfrentam as pressões dos mercados devem implementar medidas de consolidação fiscal.
Lagarde, que se reuniu nesta sexta-feira (9) em Londres com o ministro das Finanças britânico, George Osborne, avaliou as propostas apresentadas na noite de quinta-feira pelo presidente dos Estados Unidos.
Obama divulgou um plano avaliado em cerca de US$ 447 bilhões "que se centra em apoiar o crescimento econômico e a criação de empregos no curto prazo", comentou Lagarde.
"Como o presidente também enfatizou ontem à noite, continua sendo crítico para os EUA canalizar a dívida pública em direção a um cenário mais sustentável e, sem dúvida, acolhemos o plano de consolidação proposto", indicou.
O encontro entre a diretora-gerente do FMI e o ministro das Finanças britânico acontece pouco antes de ambos viajarem à França para participar da reunião do Grupo dos Sete (G7: EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, Itália, França e Canadá), que será realizada neste fim de semana em Marselha. Os assuntos principais do encontro serão a crise da dívida soberana na Europa e o arrefecimento da economia global.
Em seu discurso, Osborne disse que o Reino Unido continuará aplicando medidas de austeridade para reduzir o déficit fiscal do país, no que recebeu o respaldo do FMI, que considera este plano "apropriado".
Na quinta-feira, a OCDE revisou para baixo sua perspectiva econômica para o G7 em 2011, alertou do risco que as turbulências das bolsas de valores representam para sua recuperação econômica e pediu aos políticos que se esforcem para restabelecer a confiança com ajustes fiscais e reformas estruturais.