A Chrysler vai ficar sem dinheiro no dia 4 de julho se não conseguir concluir a venda de seus ativos para a montadora italiana Fiat, um acordo que foi adiado pela Suprema Corte dos EUA, atendendo a uma ação movida por credores contrários ao negócio. Um orçamento, entregue ao tribunal de falências de Nova York no início de maio, mostra que a montadora vai esgotar o financiamento para empresas em concordata de US$ 4,1 bilhões e US$ 400 milhões em garantias em dinheiro até a semana de 29 de junho, com o pagamento de funcionários e fornecedores e manutenção de suas fábricas.
O orçamento da Chrysler leva em consideração que a maior parte das unidades de produção da montadora ficará ociosa durante o processo de concordata e os trabalhadores assalariados terão até duas semanas de férias sem remuneração. Se a venda não ocorrer até início de julho, a Chrysler provavelmente será forçada a promover cortes mais profundos e pedir mais ajuda para a administração do presidente Barack Obama, embora o governo tenha afirmado que não vai proporcionar assistência adicional. Sem nova ajuda, a Chrysler vai enfrentar uma liquidação e a economia perderá milhares de empregos.
O destino da Chrysler foi lançado em um limbo ontem, quando a Suprema Corte adiou a venda dos ativos da montadora para a Fiat - se essa decisão for mantida o processo de venda poderá ser adiada por semanas. A Chrysler declinou em comentar nesta terça-feira quais seriam suas opções se a operação for adiada. Em um informe enviado para a Suprema Corte hoje, a Chrysler disse que "cada dia após o dia 15 de junho vai aumentar o risco de que os negócios da empresa não sejam capazes de recomeçar com sucesso". O governo americano já injetou quase US$ 9 bilhões em financiamento de emergência para a Chrysler desde o final do ano passado e mais de US$ 20 bilhões na General Motors. As informações são da Dow Jones.
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