Não é só na política que o chuchu está valorizado. Nas feiras e mercados, os consumidores que não abrem mão do legume à mesa estão gastando mais para consumi-lo. O aumento apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), da Universidade de São Paulo (USP), no mês de fevereiro foi de 17,23%, o mais alto dos produtos e serviços avaliados.
O chuchu virou assunto político depois de o humorista José Simão apelidar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), de picolé de chuchu por seu estilo considerado insosso. Desde que começou a luta para viabilizar a sua candidatura à presidência, Alckmin assumiu o chuchu como símbolo da campanha e o incorporou a seu discurso. Já provou o picolé de chuchu em programa de televisão e brincou com o apelido.
- Meu mote será: O Brasil vai crescer pra chuchu, nós vamos ter emprego pra chuchu. Vai ser um governo que é um chuchuzinho - afirmou durante uma entrevista na televisão.
Nas bancas dos mercados municipais Paulistano e Cantareira, o preço do quilo do chuchu variava nesta quinta-feira entre R$ 2,00 e R$ 2,50, muito acima do que costuma ser cobrado. Segundo os comerciantes, dificilmente o preço do chuchu passa de R$ 1,00. Mas, segundo os produtores, o governador deve tomar cuidado com a valorização do legume que transformou em símbolo, para evitar decepções.
- O preço do chuchu está alto por causa das chuvas. Em meados do segundo semestre (época das eleições presidenciais), o consumidor deverá pagar entre R$ 0,30 e R$ 0,50 por quilo - afirma Tertuliano Pires Pereira, produtor do legume em Mairiporã. Ele conta que nesta época do ano chega a vender o quilo por R$ 0,03 aos feirantes.
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