Caminhões carregados de grãos prontos para partir com destino ao porto de Paranaguá (PR) estão sendo orientados a ficar no ponto de origem, esperando até que problemas decorrentes das chuvas na rodovia BR-277 sejam resolvidos, ou até que se tenha uma avaliação melhor das condições da estrada.
O tráfego de caminhões na rodovia de acesso a Paranaguá, o segundo porto do país para grãos, ocorre com restrições devido aos problemas estruturais em pontes afetadas por fortes chuvas no final de semana.
"A BR-277 apresenta problemas em quatro pontes, entre Curitiba e Paranaguá, devido às fortes chuvas que caíram na região na semana passada", informou nesta tarde em nota a concessionária Ecovia, que administra a rodovia.
Os problemas na estrada ocorrem bem no momento de escoamento da safra de soja do Brasil, cuja colheita está se intensificando.
"Os danos estão localizados nos km 18 e 24, sentido Paranaguá, onde houve queda das pontes, no km 26, onde as cabeceiras da ponte ficaram comprometidas nos dois sentidos, e no km 29, sentido Paranaguá, onde foi verificado problema na estrutura da ponte", acrescentou a concessionária.
Segundo a concessionária, o tráfego no sentido Paranaguá-Curitiba acontece para todos os veículos, mas no sentido Curitiba-Paranaguá é permitido apenas o movimento de veículos leves (carros e motocicletas).
"Os caminhões são liberados para trafegar neste sentido (Curitiba-Paranaguá) conforme a capacidade no pátio do Porto de Paranaguá, com autorização da Polícia Rodoviária Federal", segundo a Ecovia.
Segundo a assessoria de imprensa da Ecovia, não há um prazo para a normalização da situação nas pontes. A concessionária, disse o porta-voz, busca intensificar as atividades para liberar o acesso o mais rápido possível.
A ferrovia, que também traz cargas até o porto, está interrompida, e deve voltar a operar até quarta-feira, segundo a administração portuária de Paranaguá.
Uma outra via que poderia ser utilizada para acessar Paranaguá, a BR-376, também sofre com queda de barreiras.
Além disso, os embarques no porto são prejudicados a cada vez que as chuvas voltam a atingir a região --quando chove, as operações são suspensas para que as cargas não sejam estragadas.
Nos momentos em que a chuva para, o porto utiliza os grãos dos estoques.
De acordo com o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Airton Vidal Maron, a carga de granéis disponíveis nos armazéns públicos e privados é suficiente para carregar quatro navios do Corredor de Exportação.
"Depois disso, e se for prolongada a interrupção na BR-277, pode faltar carga para exportar", alertou Maron em nota.
O porto informa que cerca de 500 caminhões estavam sendo represados antes da praça de pedágio da BR-277, aguardando a liberação da estrada.
A administração do porto tem expectativa de que que cerca de 300 caminhões desçam a Serra do Mar ainda nesta segunda-feira, rumo a Paranaguá.
"Os caminhões são mistos (granéis, contêineres, veículos e outras mercadorias) e estão sendo liberados gradativamente, em função da instabilidade da pista", afirmou a administração de Paranaguá.
O objetivo da Ecovia é permitir a liberação ainda nesta segunda-feira, dentro do permitido pelo Porto, de aproximadamente 50 caminhões por vez, segundo informou a concessionária.
O porto vem enfrentando problemas desde a semana passada, com filas de caminhões se acumulando no acostamento da estrada em função das dificuldades de o porto dar conta de todo o volume de soja escoado neste momento da safra. Além disso, as chuvas interromperam os embarques várias vezes.
"Na semana passada, o porto parou de autorizar a saída dos caminhões da origem quando eles começaram a registrar longa espera", disse Luiz Teixeira da Silva, chefe de operações do porto de Paranaguá, à Reuters.
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