Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical"| Foto: Reprodução www.globo.com/paraisotropical

Opinião - Clima favorece a agricultura nos próximos dias

Teremos tempo bom, com predomínio de sol até sexta-feira. A chegada de uma nova frente fria pode provocar chuvas a partir de tarde e final do dia de sexta. Estas chuvas de sexta podem vir acompanhadas de trovoadas e ventos um pouco mais fortes, com chance de queda de granizo em áreas isoladas. No sábado e domingo, esta frente fria permanece sobre o Paraná deixando o céu encoberto com chuvas, que devem variar entre 30 a 60 milímetros, dependendo da região do estado. No domingo à noite, o tempo inicia uma melhora e a próxima semana começa com tempo bom e predomínio de sol. O tempo firme com sol deve durar até quarta-feira. Na quinta, dia do feriado, a chuva volta novamente ao Paraná. As temperaturas aumentam até sexta-feira, permanecendo estáveis no fim de semana. Ocorrerá queda acentuada e temperaturas baixas para a época do ano. Quanto ao La Niña, ele continua firme e os modelos de previsão de clima mantêm a tendência de o fenômeno persistir até meados do próximo ano. Ou seja, o clima desta safra, que está começando, vai estar sob a influência do La Niña. Resumindo, teremos peíodos em que deverá chover muito, intercalando com alguns períodos maiores em que as chuvas devem ficar abaixo da média.

Luiz Renato Lazinski, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)

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O clima resolveu colaborar e o plantio da safra de verão recupera o atraso provocado pela estiagem verificada em setembro e outubro. No Paraná, mais da metade da área de soja já foi semeada e o cultivo do milho, que está em fase final, deve ser concluído num prazo de dez a 15 dias.

As últimas semanas respeitaram as características do La Ninã, com períodos e regiões de muita chuva e outros com pouca ou nenhuma precipitação. Em determinadas localidades, o plantio chegou a ser suspenso pelo excesso de umidade. Os mapas pluviométricos do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) mostram que no período de 30 de outubro a 6 novembro os municípios com maior intensidade de chuvas estão no Centro-Sul do estado e em Maringá (Noroeste).

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As cartas também mostram que, bem ou mal, as chuvas aconteceram em todo o Paraná. Com exceção de uma pequena área no extremo Oeste e outra no Norte, nas demais regiões a umidade concentrada no solo permite o plantio. A situação mais grave está em Palotina, onde a falta de chuva já atrasa a soja em pelo menos duas semanas.

Mas para os próximos dias, se depender da previsão, o produtor vai encontrar condições ideais de cultivo e tirar ainda mais o atraso, diz Luiz Renato Lazinski, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Hoje e amanhã é dia de plantar, em todo o estado. No sábado e domingo, com a chegada de uma frente fria, volta a chover e as operações no campo devem ser suspensas. Na segunda-feira, o clima se normaliza e abre-se uma nova janela para plantar, prevê Lazinski.

Levantamento divulgado ontem pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria Estadual da Agricultura (Seab), revela que o plantio da soja atinge 58% da área e o milho ultrapassou os 90%. A semeadura da oleaginosa está um pouco atrasada em relação ao ano passado, enquanto que o cereal está praticamente empatado. O maior atraso é no feijão das águas (1.ª safra), que começou a ser plantado em agosto e ainda está sendo concluído.

O produto Samuel Faustino Romeiro Sanches Filho, de Jataizinho (Norte), aproveita os intervalos com sol e chuva para escalonar e garantir o plantio na época recomendada. Ele conta que com os 35 milímetros que caíram em sua propriedade sábado e domingo foi possível iniciar a semeadura dos primeiros 60 hectares de soja. Se a previsão se confirmar, Sanches Filho vai aguardar as chuvas deste fim de semana para fazer os outros 60 hectares.

Expedição

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A estimativa da Expedição Caminhos do Campo para a soja na safra 2007/08 é de 4 milhões de hectares, para uma produção de 12 milhões de toneladas. O milho foi estimado em 1,35 milhão de hectares, para 8,9 milhões de toneladas. Já o feijão, segundo o Deral, teve sua área reduzida em 26%, de 409 mil para 301 mil hectares na safra atual.