Reflexo
Comércio indireto também sofre com vendas fracas
Os lojistas não são os únicos que se queixam do movimento abaixo do esperado para as vendas de Natal. O comércio indireto, bastante influenciado pelo movimento na rua, também tem tido um retorno abaixo da expectativa para o período.
Anderson da Silveira, gerente do estacionamento Garoto, no Centro de Curitiba, diz que o fluxo de veículos avulsos sem contar os mensalistas está entre 10% e 15% abaixo do volume esperado para dezembro. Nem a abertura do estacionamento nos domingos em que foram realizadas as apresentações do Palácio Avenida foi suficiente para alcançar a meta. "A expectativa era a de atender 7 mil veículos, mas devemos fechar o mês com uma média de 6 mil", conta Silveira.
Outra comerciante que viu o movimento cair foi Lucimara Orsolin, sócia-proprietária da Lanchonete Dom Bolinha. Ela conta que a meta de aumentar em até 15% as vendas deste Natal não deve ser batida. "Estamos perto, mas não vamos alcançá-la. Ainda mais se continuar chovendo", diz.
Além da redução nas vendas, Lucimara viu diminuir o volume de presentes comprados pelos clientes que comem na lanchonete. "Antigamente, as pessoas sentavam em uma mesa e usavam a do lado para as sacolas. Hoje, quem tem sacola carrega a de lojas que comercializam produtos muito baratos", analisa.
A chuva que caiu em Curitiba ontem foi um incentivo a mais para levar as compras de Natal para os shoppings da cidade. Enquanto nas ruas do Centro o mau tempo afugentava os consumidores, nos shoppings o movimento de famílias que deixaram a compra dos presentes para os últimos dias era um pouco mais intenso.
A aposentada Marilda Faria foi uma das clientes que trocou o comércio de rua pelos espaços secos do Shopping Curitiba em função da chuva. "Eu tinha me programado para ir às lojas próximas de onde moro, no Juvevê. Mas, com a chuva, decidi vir ao shopping", conta.
Para a bancária Silmara Huss, o primeiro dia de férias foi o incentivo para ir em busca das lembrancinhas para os 20 familiares que deseja presentear com brinquedos, roupas e cosméticos.
Última hora
Segundo os lojistas, o movimento começou a aumentar desde o último sábado (20), depois do pagamento da segunda parcela do 13º salário. Mesmo assim, o volume de vendas está aquém do aguardado para o período. "Este ano está atípico em relação ao que tivemos em 2013. As pessoas estão inseguras, estão pensando mais para gastar", diz Vanderléia Felex, supervisora da Zutti. Na loja, a previsão era de que as vendas do Natal superassem em, pelo menos, 10% às registradas no mesmo período do ano passado, o que não deve acontecer.
Na Ri Happy do Shopping Estação, a estimativa é a de que as vendas cresçam 5% em relação ao Natal de 2013, metade do porcentual projetado pela empresa. Denilson Tarrufi, gerente da loja, diz que os clientes chegam com a intenção de sair com a sacola na mão e gastam, em média, R$ 150 na compra de quatro produtos. "Para o filho, os pais compram algo com valor agregado maior. Já para os sobrinhos e afilhados, o foco são as lembrancinhas", conta.
Na contramão do movimento registrado pelos pares do comércio, a loja Frau Store está a caminho de atingir a meta e aumentar em cerca de 20% as vendas em relação ao ano passado. "As pessoas estão comprando mais presentes, peças de praia e para viajar gastando um ticket médio de R$ 500", conta a gerente Renata Bartoszeck.
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