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Tragédia no RS

Movimentação de cargas cai pela metade e derruba arrecadação do Rio Grande do Sul

Desastres em pauta: tragédia no RS gerou uma série de projetos de lei sobre desastres
Rodovia atingida pela enchente no Rio Grande do Sul (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

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As chuvas intensas que vêm castigando o Rio Grande do Sul desde o final de abril têm causado sérios transtornos à logística de transporte. Importantes rodovias estaduais, como as BRs-116, 290 e 386, encontram-se interditadas devido às inundações. Vias municipais e estaduais também sofreram impactos significativos.

Os bloqueios viários, a paralisação de empresas e as dificuldades logísticas provocaram uma redução de 46% na emissão de Conhecimentos de Transporte Eletrônico (CT-e), documentos essenciais para o registro do transporte de cargas.

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Dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), apontam que foram emitidos 267 mil CT-es no estado nos primeiros 12 dias de maio, um decréscimo de 46% em relação à média anual de 468 mil movimentações registradas no ano anterior. Em termos financeiros, a média diária de movimentação de cargas, que alcançava R$ 2,74 bilhões no primeiro quadrimestre de 2024, despencou para R$ 1,4 bilhão, representando uma queda de 49%.

O declínio na circulação de mercadorias deve afetar diretamente a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), principal fonte de receita tributária estadual. O IBPT projeta uma contração de, no mínimo, 40% na receita com ICMS para maio. O recolhimento médio mensal desse imposto aos cofres públicos estaduais gira em torno de R$ 3,75 bilhões.

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