O clima de oba-oba que ganhou força nos últimos dias entre os ativos brasileiros deve se manter nesta quinta-feira (28), último pregão do ano. A Bolsa de Valores de São Paulo rompeu 44 mil pontos e confirmou na véspera a aposta de muitos analistas de avanço para a marca histórica antes do término de 2006. O dólar, por sua vez, acumula queda nominal de 7,7% frente ao real desde janeiro e o risco Brasil tende a permanecer abaixo dos 200 pontos-básicos.

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"O mercado segue comprador, é um comportamento típico da bolsa paulista durante os festejos de dezembro", afirmou Américo Reisner, operador da Corretora Fator. Um levantamento da consultoria Economática contabilizou que o valor de mercado das 279 empresas listadas na Bovespa atingiu cifra recorde na terça-feira.

Na avaliação da analista de mercado da SLW Corretora, Kelly Trentin, este ano vai chegando ao fim apontando uma boa expectativa para o mercado acionário local em 2007. Ela explicou que as vendas de imóveis novos nos Estados Unidos ficaram acima do que era esperado pelo mercado. Segundo ela, isso elevou os ânimos dos investidores em relação ao crescimento da economia americana em 2007, o que acabou refletido nas bolsas americanas e, conseqüentemente, na brasileira.

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A redução de negócios em todos os segmentos globais nesta última semana do ano também colabora para movimentos mais acentuados dos indicadores, lembram analistas. Tradicionalmente, as sessões que marcam a virada de calendário apresentam valorizações expressivas aqui e e lá fora.

De acordo com a Stock Trader's Almanac, os últimos cinco dias do ano e os primeiros dois pregões de janeiro apresentam-se como os mais vigorosos em Wall Street. Nesses sete dias, a média dos ganhos no mercado nova-iorquino é de 1,6% desde 1969.

No final da tarde, para comemorar o encerramento das atividades do ano, a Bovespa faz uma queima de 42 mil fogos e revoada de 15 mil balões.