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CONCORRÊNCIA

Cimenteiras de cartel terão de vender fábricas

O conselheiro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) Alessando Octaviani, e relator do processo do cartel do cimento, propôs a venda de ativos das companhias envolvidas no esquema que somam 24% do mercado do produto.

A Votorantim Cimentos terá que se desfazer de 35% da sua capacidade instalada. A venda deverá ocorrer para um só comprador, de forma que possa existir mais um grande integrante nesse mercado. Isso representa 15% da capacidade total do setor no Brasil.

A Intercement e a Cimpor, que fazem parte do mesmo grupo (Camargo Corrêa), devem vender 25% da sua capacidade instalada (4% do setor). A Itabira deve se desfazer de 22% de sua capacidade (3% do setor). A Holcim deve vender também 22% de sua capacidade (2% do setor). Nesses casos, a venda pode ser para vários compradores.

Décadas

Segundo Octaviani, as provas obtidas pelo Cade demonstram que o cartel no mercado brasileiro de cimento e concreto existiu durante décadas. "Existem provas que datam de 1987. As provas são abundantes", afirmou, durante leitura do relatório.

O grupo cartelista teria um superfaturamento de mais de R$ 1,4 bilhão no faturamento apenas em 2005. O relator comparou os ganhos advindos da prática de cartel a outros casos famosos de corrupção como a "Máfia dos Fiscais de São Paulo" (R$ 18 milhões), o escândalo dos "Sanguessugas" (R$ 140 milhões), o "Mensalão" (R$ 170 milhões) e a Máfia do ISS (R$ 500 milhões).

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