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Municípios

Cinco cidades concentraram 43,7% do PIB paranaense

Refinaria da Petrobras, a Repar, ajuda a colocar Araucária como a segunda maior economia municipal do estado | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Refinaria da Petrobras, a Repar, ajuda a colocar Araucária como a segunda maior economia municipal do estado (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)

Cinco cidades do Paraná – Curitiba, Araucária, São José dos Pinhais, Londrina e Foz do Iguaçu – responderam sozinhas por 43,7% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual em 2006, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados ontem. Essa concentração na geração de riquezas é superior à nacional, onde cinco municípios produziram 25% da economia brasileira. São Paulo (com participação de 11,9% do PIB nacional), Rio de Janeiro (5,4%), Brasília (3,8%), Belo Horizonte (1,4%) e Curitiba (1,4%) foram os maiores dínamos econômicos do país daquele ano.

Apesar disso, a pesquisa do IBGE revela uma tendência: a produção de bens e serviços começa a avançar rumo ao interior. No intervalo de 2002 a 2006 tanto Rio quanto São Paulo, por exemplo, tiveram uma queda de 0,8 ponto percentual em relação à sua participação no PIB. Curitiba, por sua vez, perdeu 0,1 ponto. "Os números mostram ainda uma grande concentração da renda em poucos municípios. Mas uma hora essas grandes cidades ficam saturadas e a economia parte para outros lugares", explica Sheila Cristina Zani, coordenadora do levantamento.

No ranking nacional, nove cidades paranaenses aparecem entre as cem maiores economias municipais: Curitiba (na 5ª posição), Araucária (37ª), São José dos Pinhais (43ª), Londrina (48ª) e Foz do Iguaçu (63ª), Maringá (65ª), Ponta Grossa (79ª), Paranaguá (82ª) e Cascavel (99ª).

Para o coordenador do núcleo de conjuntura do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Júlio Suzuki, os números do IBGE refletem a diversidade econômica do Paraná. Além de Curitiba, que tem uma "economia complexa e dinâmica, baseada em indústria e serviços", ele cita as indústrias petroquímica de Araucária, automotiva de São José dos Pinhais, energética de Foz do Iguaçu, madeireira e de embalagens de Ponta Grossa, os serviços portuários de Paranaguá, além do agronegócio de Londrina, Maringá e Cascavel.

O economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) Roberto Zurcher afirma que o Paraná tem como continuar galgando espaço no cenário nacional, especialmente porque Curitiba isoladamente respondeu por 23,5% do PIB estadual em 2006. "Em 2002, Curitiba foi a sexta principal cidade, mas depois foi melhorando seu posicionamento", observou.

Para Zurcher, uma explicação para o bom desempenho da capital paranaense é sua baixa posição na lista de participação da administração pública em relação ao PIB – Curitiba é a antepenúltima no ranking das capitais, estando à frente apenas de São Paulo e Vitória. "A dinâmica empresarial é mais rápida que o setor público, e é por isso que Curitiba vem se colocando cada vez melhor na série histórica de PIB municipal. Também é uma cidade fortemente baseada em serviços e em indústria, que são setores com mais capacidade de reagir rapidamente a mudanças de mercado", ressaltou. Quem encabeça a lista do peso da administração pública em relação ao PIB, naturalmente, é Brasília.

Maiores do Sul

No total, a Região Sul possui 20 cidades na lista – o Rio Grande do Sul tem sete cidades no ranking, e Santa Catarina, quatro. Curitiba possui o maior PIB do Sul, com R$ 32,2 bilhões, seguida por Porto Alegre (R$ 30,1 bi) e Joinville (R$ 10,7 bi). As dez principais cidades nos três estados somam 21,7% da população e produzem 32,7% da riqueza.

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