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Ser um bom aluno não é difícil, mas dá trabalho. Para quem retorna esta semana ou já voltou para os bancos das salas de aula em fevereiro, rotina e disciplina são as palavras mágicas para manter alcançar a concentração e raciocínio necessários para fixar os conteúdos aprendidos em aula. O “daqui a pouco eu vou” precisa ser abolido do vocabulário de crianças e adolescentes, quando o assunto é sentar para estudar.

Aluno com baixo rendimento sempre tem salvação

Quando o aluno enfrenta problemas no rendimento escolar, a primeira orientação é tentar o “feijão com arroz”: estabelecer uma rotina de estudos, fixar na memória o que foi aprendido em aula. Mas nem sempre isso resolve, e pode ser que o estudante precise de ajuda.

Se o problema for com conteúdos de séries ou bimestres anteriores, a própria escola pode chamar o aluno para o contra-turno ou indicar a necessidade de um professor particular. As aulas extraclasse devem ser uma muleta provisória, não um costume.

Já nos casos em que o aluno entrou na fase de rejeitar a autoridade dos pais é necessário um esforço para retomar a convivência familiar. Se a tentativa de decorar o nome dos integrantes do One Direction não deu certo, compartilhar o interesse em Ciências pode ser melhor. Além disso, é preciso incentivar a autonomia do aluno; estudar não é um “favor” para os pais, mas uma oportunidade para a criança. “Pais e jovens devem chegar a um lugar comum, mesmo com a diferença de idade”, defende a psicóloga Lélia de Melo.

A lição de casa, é preciso rever o que foi estudado em sala de aula naquele dia. E não dá para esperar os conteúdos “difíceis”; é nos primeiros anos do Ensino Fundamental que desenvolve-se a rotina que acompanha o aluno por toda a idade escolar. Para quem perdeu a chance de criar hábito nesta fase, ainda há tempo. Confira cinco orientações, com base nas dicas da psicóloga Lélia de Melo, diretora da Escola do Bosque Mananciais, da psicopedagoga Esther Pereira, diretora da Escola Atuação, e da pedagoga Francisca Paris, da editora Saraiva.

Estudar todos os dias

Nada pode ser esporádico na educação. O estudo é como o trabalho - exige regras - e dedicar-se um pouco a cada é uma forma de estabelecer rotina (assim como são os hábitos de sono, alimentação e higiene dos bebês, desde os primeiros meses de vida). Além disso, é nesta revisão dos conteúdos aprendidos em aula que o conteúdo se fixa na memória. Como o corpo, a mente precisa ser exercitada um pouco a cada dia. Fuja do estudo às vésperas da prova.

Horários

O horário fixo ajuda na qualidade de vida do estudante e evita negociações. Não tem meio termo: ou você cumpre, ou não cumpre. É uma forma de criar nos pequenos a noção de dever. O horário fixo para estudos, com início e fim bem definidos, é o que garante a brincadeira. Após cumprir sua obrigação, a criança fica livre para brincar, o que é seu direito. Para cumprir com isto tudo, pai e mãe devem cumprir com outro horário: o de entrada e saída da escola. Um atraso de 15 minutos pode ser o suficiente para que a criança chegue atrapalhada e perca partes importantes da aula, como a explicação sobre qual será a atividade e os materiais que serão usados.

Local de estudos

Pode ser só uma cadeira e mesa bem arrumada. Mas não tem jeito: o aluno tem que ter um cantinho só seu, reservado para estudos, em casa. Estudar exige concentração, e o espaço físico bem definido ajuda a criar este foco. Ao sentar em seu espaço, a criança sabe que precisa se dedicar, por um lado, e que não será incomodada, por outro.

Eletrônicos

Presentes na vida das crianças, os equipamentos eletrônicos não são bons ou ruins. É tudo uma questão do uso que se faz. Música, televisão, games ou qualquer outra distração são proibidos na hora do estudo. Na hora da pesquisa, a internet é um ótimo ponto de partida; mas não pode ser o fim. Meios físicos - livros, arquivos, fotografias - podem ser consultados. Mesmo se a pesquisa for apenas via web, é preciso consultar diferentes fontes e fugir do “ctrl c + ctrl v”, a cópia do material. O estudante deve interpretar a consulta e escrever em suas próprias palavras, sem deixar de lado os termos técnicos (não há como substituir o termo “fotossíntese” na lição de Biologia, por exemplo).

Regras claras

As regras de estudo devem ser claras, fruto de um acordo entre pais e filhos. Não significa que os pais devem abrir mão da firmeza em impor condições. A criança têm o direito de opinar sobre a própria vida, mas não tem maturidade para entender que um recreio não pode ter duas horas de duração.

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