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Vestuário

Cinco lições de um empreendedor da moda

Desfile de modelos só acima de índice 18. | Antônio Costa/Gazeta do Povo
Desfile de modelos só acima de índice 18. (Foto: Antônio Costa/Gazeta do Povo)

No fim dos anos 1980, quando biquínis e maiôs não passavam de acessórios e era quase uma heresia falar de praia fora das areias do Rio de Janeiro, o designer paulista Amir Slama transformou uma pequena confecção na marca referência em moda praia, levando o estilo brasileiro para os quatro cantos do mundo.

Vinte anos depois, ele se prepara para deixar a Rosa Chá – internacionalmente conhecida e comandada atualmente pela catarinense Marisol – e trilhar um novo caminho. "Ainda não defini exatamente como será, mas com certeza será na linha praia."

Ontem, penúltimo dia do Paraná Business Collection, Slama compartilhou com fabricantes, lojistas e estudantes de moda as estratégias, muitas vezes intuitivas, que fizeram dele um empreendedor de sucesso.

Defina um objetivo

"O primeiro passo de tudo é saber onde se quer chegar e com quem se quer falar." Segundo Slama, ter um foco é fundamental e mais importante que defini-lo é segui-lo acima de tudo, evitando os desvios e as tentações que aparecem pelo caminho.

Não dependa da sorte

Ter sorte ajuda. Mas, mais importante, é o trabalho, a pesquisa e a profissionalização. "A última coleção que fiz para a Rosa Chá é inspirada na Elza Soares. Tem muita pesquisa sobre a sua vida, as suas origens, a questão da espiritualidade, do futebol", explica.

Acredite no que faz

Slama conta que, no começo, muitos lojistas compradores da Rosa Chá se baseavam na venda de coleções anteriores para adquirir novas peças. "Eles acabavam sempre querendo o mesmo modelo, e as novidades ficavam para trás." Em vez de padronizar para agradá-los, ele continuou inovando. E deu certo.

Mantenha-se em exposição

A criação de uma marca depende, acima de tudo, de sua autoafirmação constante. "Quando a secretária atendia o telefone, eu falava para ela não falar apenas ‘alô’, mas sim o nome da empresa. O reconhecimento da imagem é muito importante, as pessoas investem no que é aparente." Ele ensina que o produto deve sempre estar em exposição para que o próprio consumidor decida o que lhe agrada.

Honre compromissos

Para quem está pensando em investir no mercado externo, Slama dá a dica: não prometa o que não pode cumprir. "O trabalho internacional só vale a pena se for possível cumprir as entregas, falando tanto em quantidade quanto em prazo."

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