Ele instituiu a famosa política da "Tolerância Zero", diminuiu a criminalidade em 70%, criou 650 mil novos empregos, cortou US$ 2 bilhões em impostos e esteve à frente da administração de Nova Iorque em um dos de seus momentos mais críticos: o 11 de setembro. Rudolph Giuliani, o homem que se tornou referência por sua liderança em momentos de crise, abriu ontem o Fórum de Marketing de Curitiba, no Teatro Positivo. Segundo ele, o segredo da liderança está em cinco simples passos: ler livros, ouvir especialistas, debater opiniões, escrever conclusões e refletir. O objetivo em seguir esses passos, afirma, é tornar-se um líder que apresenta soluções, toma decisões e não se deixa levar pelo "rebanho", ou seja, pelo senso comum. Um líder não deve basear suas decisões apenas nas tecnologias e nas pesquisas de opinião, defende o ex-prefeito. "Temos que aprender a tirar o máximo do computador, mas temos que lembrar que ele não tem instinto. Se seguirmos apenas pesquisas, deixamos de ser humanos e passamos a ser apenas o resultado delas", opina.
Giuliani afirma que é necessário dar um passo atrás para não tomar decisões precipitadas, sem análise prévia, baseadas apenas na enxurrada de informações oferecida pela tecnologia moderna. "Desenvolva a sua própria opinião e se arme com as próprias informações", ensina.
Segundo ele, apenas 1% das situações exige realmente uma decisão urgente. Para estes casos, ele aconselha: "use seus instintos". Mas como estar preparado para esses momentos? De acordo com Giuliani, é preciso estar previamente treinado para situações-limite. Em todos os casos, é importante, claro, estar preparado para errar mesmo um importante líder, como Giuliani, admite que, às vezes, falha. "Meu maior erro foi a estratégia que eu adotei para concorrer às eleições presidenciais americanas", conta. Ele diz que o erro foi ter focado demais a campanha das prévias do Partido Republicano nas regiões dos grandes eleitorados.