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Cirque du Soleil traz negócios e empregos à região de Curitiba

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A chegada do grupo canadense Cirque du Soleil a Curitiba está movimentando a economia local e trazendo oportunidades, ainda que temporárias, a vários setores ligados à apresentação. A exigência por serviços de qualidade por parte dos artistas e as diversas necessidades de turistas que comparecerão ao espetáculo têm aquecido principalmente os negócios de turismo, gastronomia, recepção e comércio. O espetáculo "Alegría" estréia hoje, no centro de convenções Expo Trade, em Pinhais, na região metropolitana.

Para dar suporte a artistas e expectadores, foi necessária a contratação de 300 pessoas como mão-de-obra temporária, como recepcionistas, atendentes, garçons e camareiros. Sede do evento, o Expo Trade responde por um terço das contratações, para estacionamento e alimentação da equipe operacional, de 180 pessoas. Já os 60 artistas têm cozinha própria.

Outra fonte de receita do Expotrade é a organização de coquetéis para empresas que tenham comprado ingressos para sessões fechadas para seus funcionários. Por enquanto são três empresas, pagando a partir de R$ 25 por pessoa.

De acordo com o diretor do espaço, Nelson Bolduan, o contrato de locação foi feito com permuta em algumas operações, o que permitiu um investimento de R$ 400 mil para a ampliação do estacionamento do local. "Criamos 350 vagas de carro para substituir a área que o circo ocupou, porque temos eventos simultâneos ocorrendo", explica. "A chegada do circo vai movimentar muito. Sabemos que há caravanas de ônibus vindo do interior."

A promotora do evento, a paulistana CIE, contratou mais um time de 180 pessoas, que receberão entre R$ 800 e R$ 1,4 mil para trabalhar até o dia 7 de outubro. "A chegada do espetáculo beneficiou toda a região metropolitana de Curitiba, e eles ficaram impressionados com a qualidade da mão-de-obra", diz Giane de Jesus, gerente da Agência do Trabalhador de Pinhais, que fez o pré-recrutamento do pessoal. Do total de vagas, cerca de 25 foram para profissionais bilíngües, que dominam português e inglês.

Uma das moças que fará o trabalho de recepcionista da área VIP (chamada "tapis rouge", ou tapete vermelho) e prefere não se identificar está animada com o dinheiro extra, já que está desempregada, mas percebe que a maioria dos funcionários bilíngües está lá pela oportunidade de vivenciar o espetáculo de perto. Uma das dificuldades da equipe teria sido encontrar um chef de cozinha bilíngüe pelo salário de R$ 1,2 mil.

Montagem

A empresa Engineering, de São Paulo, é a responsável pela infra-estrutura do circo em todo o país. O arquiteto coordenador de obras, Fabrício Porce, diz que a construção exige a compra de materiais da região, o que acaba aquecendo o comércio local. "Contratamos a Perimetral para fazer a terraplenagem, colocar a cerca e os portões, enquanto a empresa Coplatec, de São Paulo, fez a instalação de água, luz, esgoto e telefone", conta.

Um dos sócios da Perimetral, Paulo Cardoso, comenta que observar a montagem das tendas foi um aprendizado. "Cada contêiner veio numerado indicando a posição exata dos equipamentos, muito organizado", diz.

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