O Citigroup afirmou nesta quinta-feira que está desistindo das negociações para dividir os ativos do Wachovia com o Wells Fargo, acrescentando que irá buscar compensações por prejuízos com os dois bancos, mas não impedirá uma aquisição do Wachovia pelo Wells Fargo.
Diferenças dramáticas em estruturas transacionais e visões de risco tornaram um acordo mútuo impossível, afirmou o Citi em comunicado.
Citigroup, Wells Fargo e Federal Reserve estavam negociando o futuro do Wachovia, um banco regional atingido pela crise de crédito, mas com uma rede valiosa de contatos.
O Citigroup concordou preliminarmente no começo da última semana em comprar os ativos do Wachovia com a assistência parcial do governo e apoiou o Wachovia na última semana enquanto eles acertavam os detalhes finais.
Mas o Wells Fargo afirmou nesta sexta-feira que assinou um acordo para comprar todo o Wachovia, incluindo as unidades de gerenciamento de ativos e corretora varejista.
O Wells e o Citigroup lutaram na corte no último final de semana, mas concordaram na segunda-feira em suspender o litígio -- suspensão que expirou na quarta-feira.
Em comunicado, os bancos afirmaram que o prazo foi estendido com o Federal Reserve para sexta-feira, 10 de outubro.
Mas nesta quinta-feira o Citi afirmou que acredita que possui uma forte reivindicação legal contra o Wachovia e o Wells Fargo por quebra de contrato e interferência prejudicial em contrato.
"O Citigroup planeja buscar estas reivindicações por danos vigorosamente no interesse de seus acionistas", afirmou o Citi. "No entanto, o Citi decidiu não pedir que a fusão entre o Wells Farg-Wachovia seja proibida."
O Wells Fargo conseguiu se manter lucrativo durante a crise de crédito, enquanto que o Citi está buscando dar a volta por cima após ter registrado 60 bilhões de dólares em baixas contábeis e perdas durante o ano.
O presidente-executivo Vikram Pandit afirmou: "Nós não procuramos uma transação com o Wachovia; o Wachovia que veio até nós. O nosso foco permance na capitalização de nossas forças globais".