Após semanas de discussões com reguladores e o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, o Citigroup fechou um acordo com o governo norte-americano para a devolução de US$ 20 bilhões recebidos por meio do Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (Tarp). Mas ao contrário de outros bancos, o Citi terá que substituir totalmente esses recursos por capital novo, por meio da emissão de US$ 20,5 bilhões em ações e dívidas.
O Citi vai vender ao menos US$ 17 bilhões em ações ordinárias, com potencial de até US$ 2,55 bilhões a mais, e venderá US$ 3,5 bilhões nos chamados "equity units" - que consistem em US$ 2,8 bilhões de contratos de compra de ação e US$ 700 milhões de títulos subordinados.
Com isso, o governo dos EUA planeja vender sua participação de 34% no banco ao longo dos próximos 6 a 12 meses "de forma ordenada". O reembolso de US$ 20 bilhões do Tarp vai resultar em aproximadamente US$ 8 bilhões de perdas antes de tributos para o banco.
O Citigroup também vai encerrar o acordo de compartilhamento de perda de US$ 301 bilhões com o governo. Além disso, o banco vai cancelar US$ 1,8 bilhão dos US$ 7,1 bilhões em títulos preferenciais emitidos originalmente para o governo como remuneração pelo benefício do acordo de compartilhamento de perda, o que resultará em uma perda antes de impostos de US$ 2,1 bilhões.
"Nós devemos aos contribuintes norte-americanos uma dívida de gratidão e reconhecemos nossa obrigação em apoiar a recuperação econômica, por meio de empréstimo e assistência a mutuários e outros tomadores de empréstimo em necessidade", disse o executivo-chefe do Citi, Vikram Pandit. O banco informou que, até 31 de dezembro, terá pago US$ 3,1 bilhões em dividendos e juro ao governo, devido ao investimento do Tarp.
Impasse sobre apoio a Lula provoca racha na bancada evangélica
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Copom aumenta taxa de juros para 12,25% ao ano e prevê mais duas altas no próximo ano
Eleição de novo líder divide a bancada evangélica; ouça o podcast
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast