O Citigroup afirmou na quarta-feira que vai eliminar 17 mil empregos, ou cerca de 5 por cento de sua força de trabalho, em uma ampla reorganização destinada a cortar custos e impulsionar o desempenho de suas ações. A maior parte dos cortes, cerca de 57 por cento, ocorrerá fora dos Estados Unidos.
O vice-presidente de operações da instituição, Robert Druskin, disse em entrevista que a maior parcela das reduções será feita até o final deste ano. Outros 9.500 empregos serão transferidos para localizações de custo mais baixo no mundo, informou o banco.
O Citigroup divulgou que sua força de trabalho de 327 mil funcionários irá, no final, crescer este ano por causa de aquisições, abertura de agências e investimentos.
A área de banco voltado ao varejo, a maior divisão do Citigroup, será a mais atingida pela restruturação, seguida por operações com banco de investimentos. As mudanças marcam a primeira restruturação da companhia desde que o Citicorp e o Travelers Group se fundiram em 1998 para formar o Citigroup.
"Este é o começo de uma mudança sobre como nós administramos despesas", disse o presidente-executivo do Citigroup, Charles Prince, em teleconferência. "Vocês verão um Citigroup mais eficiente, mais precisamente administrado e mais focado em relação ao que vocês já viram no passado."
O banco vai assumir um encargo de 1,38 bilhão de dólares antes de impostos, ou 871 milhões de dólares após tributos, no primeiro trimestre, e espera mais 200 milhões de dólares em encargos este ano, antes de impostos.
As economias estimadas devem ser de cerca de 2,1 bilhões de dólares este ano, 3,68 bilhões de dólares em 2008 e de 4,58 bilhões de dólares em 2009.