Rio: bancários fazem paralisação contra demissões no Santander e no Itaú
Funcionários do Banco Santander interromperam as atividades nesta quarta-feira (5) para protestar contra uma possível demissão em massa
O Citigroup anunciou nesta quarta-feira (5) que demitirá mais de 11 mil funcionários no mundo, incluindo o Brasil. Segundo o comunicado, os cortes têm o objetivo de reduzir as despesas do banco e economizar US$ 900 milhões no próximo ano e US$ 1,1 bilhão por ano a partir de 2014.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do Citigroup no Brasil respondeu que não tinha informações sobre quantas demissões ocorrerão no país e nem quando serão feitas. De acordo com a nota divulgada em Nova York, o Brasil terá 14 agências fechadas.
Ainda de acordo com representantes do grupo no país, deverão ser fechadas agências que operam muito próximas uma da outra ou em regiões que não tenham uma massa suficiente de clientes de alta renda -perfil de público no qual o banco passará a concentrar esforços. O grupo afirma que, mesmo com essa reestruturação, nenhum local deixará de ser atendido pelo banco no país.
Além do Brasil, haverá redução do número de agências em Hong Kong (7), na Hungria (4), na Coreia (15) e nos Estados Unidos (44). A área de consumer banking (na qual se inclui as operações das agências) será uma das mais afetadas pelos cortes. Deverão ser demitidos 6.200 funcionários em todo o mundo. Ainda assim, o banco contará com cerca de 4.000 agências no mundo após os cortes.
Também haverá cortes nos setores de clientes institucionais (afetando 1.900 funcionários), operações e tecnologia (2.300) e funções globais (300).
Santander
No Brasil, o Santander deverá demitir cerca de 5.000 funcionários até a próxima sexta-feira (5), afirmam entidades que representam os trabalhadores de bancos. De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, há uma lista com os nomes dos funcionários que serão demitidos no banco. Os cortes seriam uma forma de aumentar as remessas de lucros para a matriz, na Espanha.
Já Ademir Wiederkehr, funcionário do banco e secretário de imprensa da Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), afirmou que as demissões que ocorreram até o momento têm se concentrado em funcionários com cargo de gerência, com mais de dez anos de empresa e que vieram de bancos comprados pelo Santander, como o Banespa, o Real, o Meridional e o Noroeste.
Em nota, o banco afirmou que "as informações referentes a uma forte redução do número de funcionários não correspondem à realidade. O Santander está procedendo um ajuste em sua estrutura de forma a adequá-la ao contexto competitivo da indústria".
Funcionários em todo o país realizaram paralisações ontem e hoje em protesto contra as demissões, afirmaram os sindicatos.
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