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Claro vê mercado celular do país crescendo mais de 10% em 2010

O contingente de clientes do mercado de telefonia móvel do Brasil deve crescer mais de 10 por cento esse ano e agregar mais 20 milhões de usuários, afirmou nesta sexta-feira o presidente da segunda maior operadora de celular do país, Claro, João Cox.

Segundo ele, o mercado está muito aquecido graças ao desempenho da economia e deve continuar forte durante muitos anos. "Estamos ainda num período jurássico na história da telefonia. A melhor forma de fazer comunicação entre máquinas e pessoas é o celular. Temos um ciclo virtuoso que não vejo no curto prazo como ser desmontado", disse ele a jornalistas, após participar do Encontro Brasileiro das Agências de Publicidade (Ebap).

A base de celulares do Brasil encerrou fevereiro em 176,8 milhões de linhas ativas, segundo dados mais recentes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Cox disse que a Claro tem como meta em 2010 "superar a concorrência" para elevar sua participação de mercado de 25,5 por cento, o equivalente a mais de 45 milhões de usuários. Desse total, 20 por cento são clientes pós pago e 80 clientes do plano pré-pago "Faremos investimentos o suficiente para atender o crescimento do mercado e nossa prioridade é 3G e transmissão", afirmou o presidente da operadora.

Cox prevê um aumento no preço dos aparelhos vendidos pela operadora a partir da decisão da Anatel de obrigar as operadoras venderem aparelhos desbloqueados, permitindo que o chip de qualquer operadora possa ser utilizado no celular do usuário.

Segundo ele, a decisão forçará a Claro a retirar subsídios nos preços dos aparelhos porque não haverá mais a garantia de fidelização do cliente.

O executivo informou que o impacto sobre o preço dos aparelhos não deve ser imediato visto que os aparelhos que estão no mercado já foram comprados. Com isso, o efeito da decisão da agência deve ser sentido sobre as novas encomendas.

"Em qualquer lugar do mundo que se fez isso houve uma redução substantiva de venda de aparelhos. Nosso subsídio na venda de um aparelho é elevado", disse Cox sem revelar o valor.

"O subsídio é uma antecipação de um fluxo de caixa que você vai ter em troca de um uso. É uma espécie de financiamento", acrescentou.

Cox afirmou que apoia a iniciativa do governo federal de criar um empresa ou utilizar a Telebrás para expandir a rede de banda larga no país. Mas ele frisou que a iniciativa será "válida e positiva" desde que o governo dê igualdade de condições aos competidores.

"Se ela (empresa de banda larga estatal) conseguir vender mais barato que uma empresa privada, por que proibir?", disse. "Só defendo que as condições sejam equânimes. Se você pagar o mesmo imposto que os outros e tiver as mesmas obrigações, que venha", finalizou.

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