Consumidores da classe A, com renda acima de R$ 2,5 mil mensais, devem gastar R$ 38,3 bilhões em cartões de crédito em 2006. O valor representa aumento de 7% em relação ao ano passado. Os dados constam do estudo "A classe A e o cartão de crédito", divulgados nesta segunda-feira pela Credicard Itaú.
Fernando Chacon, diretor executivo da empresa, afirma que embora o crescimento seja expressivo em uma classe de consumo onde a utilização do cartão de crédito encontra-se consolidada, serão os consumidores de baixa renda que causarão maior impacto frente à expectativa de crescimento do setor, que gira em torno de 25% para o ano de 2006.
- A classe A, habituada com cartões há mais tempo e com fácil acesso a outras formas de crédito cresceu expressivos 7% nos últimos 12 meses. No entanto, seu desempenho não se equipara à forte evolução do cartão entre as pessoas de menor renda, que elevou a taxa de crescimento do mercado para 26,3% no mesmo período - afirma Chacon.
Segundo Chacon, os cartões de crédito "premium", destinados às camadas de renda mais altas da população, representam cerca de 10% do número de cartões no mercado que é de 70 milhões. Porém, o volume comercializado por este público movimenta 24% no total de transações, o que representou em junho um valor de mais de R$ 3 bilhões.
O estudo revela também que os consumidores de renda mais alta parcelam menos suas compras no cartão de crédito. Na classe A, 41% dos usuários de cartão têm o hábito de parcelar suas compras. Entre os consumidores de baixa renda, mais da metade (51%) parcelam suas compras.
