O principal motivo que está incentivando o cidadão comum a investir em cooperativas de crédito é o fato dele, ao se cadastrar, deixar de ser cliente e tornar-se um dos sócios do negócio. Assim, além de ter vantagens financeiras como redução nas taxas de juros e no preço das tarifas o associado recebe no fim de cada exercício financeiro os lucros (que o setor prefere chamar de sobras).
O valor mínimo para se associar a uma cooperativa de crédito, através da compra de cotas, é de R$ 100. Entretanto, a pessoa interessada terá que estar ligada ao setor em que a cooperativa atua. Desde 2002 o governo alterou as normas e passou a permitir a formação de cooperativas de micro e pequenos empresários e de empresários ligados a um mesmo sindicato patronal.
Nas cooperativas todas as "sobras" ficam na própria instituição e são divididas entre os cooperados. Outro fator importante é que os cooperados, antigos clientes da rede bancária, passam a contar com atendimento preferencial dado aos sócios de um empreendimento. As cooperativas podem ser formadas por um grupo de no mínimo 20 pessoas, que investe seus recursos para capitalizar a organização, obtendo uma remuneração. Esse dinheiro, por sua vez, transforma-se em empréstimos aos próprios cooperados. Como as cooperativas de crédito não têm fins lucrativos e têm menores custos operacionais, aplicam-se a estes empréstimos taxas mais baixas que as cobradas normalmente pelos bancos comerciais. O associado também pode investir na cooperativa e com isso, o gerente de expansão do Sicredi, Cesar Luiz Schmidt, alcançar remunerações superior às oferecidas pelos bancos.
Entre as exigências para conseguir um empréstimo em uma cooperativa, está a aprovação do cadastro (que inclui a comprovação de renda). O valor a ser emprestado dependerá da remuneração do associado. Em algumas cooperativas, o valor do pagamento mensal do empréstimo não pode ser superior a 25% do salário do associado ou da retirada do sócio das cooperativas conveniadas. (MG)