O clima econômico da América Latina melhorou em outubro, e o Brasil foi um dos destaques, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com o instituto alemão Ifo, divulgada nesta quinta-feira.
O índice do Brasil avançou de 5,2 pontos em julho para 7,4 pontos em outubro, maior patamar desde o início da série em 1989. O índice da região como um todo subiu de 4 para 5,2 pontos. O número superou a média dos últimos dez anos (de 5,1 pontos) pela primeira vez desde janeiro de 2008.
"No Brasil não há grande desemprego, não há déficit forte em transação corrente e o que se apresenta são gargalos para o futuro. Em termos macroeconômicos, o Brasil está estável", disse a economista da FGV, Lia Valls.
"No Brasil, havia muita discussão sobre contaminação da crise sobre a nossa economia. O tema já passou e vimos que a contaminação foi quase nula."
O resultado brasileiro foi puxado pelo índice de expectativas para os próximos 6 meses, que aumentou para 8,4 pontos, maior taxa desde janeiro de 2004. A avaliação sobre a situação atual cresceu para 6,4 pontos, melhor resultado entre os países da América Latina pesquisados.
Os analistas consultados pela pesquisa apontaram competitividade e déficit público como entraves para um ambiente econômico mais favorável no futuro.
"A falta de competividade engloba carga tributária, baixa participação nas exportações mundiais e problema sde infraestrutura. O déficiti público tem a ver com a questão fiscal do Brasil", disse.
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