A Rede Saúde, clínica popular fundada em Curitiba há um ano e meio, vai investir R$ 25 milhões para a abertura de novas unidades. Com duas clínicas na capital e duas em Londrina, a empresa pretende terminar o ano com dez unidades no estado e, partir de 2017, expandir a atuação para Santa Catarina e São Paulo.
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A empresa atua no segmento de clínicas que oferecem consultas e exames a preços acessíveis e sem cobrança de mensalidade. Conhecidas por clínicas populares, esses empreendimentos estão em franco crescimento no país embalados pela crise econômica.
Desde o ano passado, mais de 1,6 milhão de pessoas no Brasil perderam seus planos de saúde, seja em função de desemprego ou corte no orçamento familiar, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
O público-alvo das clínicas populares são justamente essas pessoas que não podem arcar com os custos de um plano individual e também não querem recorrer ao Serviço Único de Saúde (SUS).
“É um mercado em franco crescimento. Tem uma demanda reprimida muito grande”, diz Bruno Khouri, diretor da Rede Saúde. Ele explica que aumentou também a procura por parte dos médicos, já que o custo fixo de ter um escritório particular ficou muito alto nos últimos anos.
25 unidades
Em meio ao cenário promissor, a Rede Saúde vai investir R$ 25 milhões até o fim de 2017 para ter até 25 unidades no Paraná, Santa Catarina e São Paulo. A empresa já tem duas unidades em Curitiba, nos bairros Pinheirinho e Boqueirão, e mais duas em Londrina.
Neste ano, o foco do projeto de expansão é o Paraná. Em setembro, será inaugurada a terceira clínica em Curitiba, no centro, em uma área de 1.500 m². Já Maringá vai receber a primeira clínica do grupo também em setembro. As outras quatro unidades previstas devem ser abertas até o fim deste ano em Cascavel e Foz do Iguaçu.
O investimento para abrir cada unidade custa, em média, R$ 1 milhão. “O nosso diferencial é o custo-benefício. Temos uma estrutura de ponta, atendimento humanizado e consultas a preços acessíveis”, diz Khouri.
Funcionamento
O cliente que quiser usar o serviço precisa agendar a consulta ou exame por telefone ou pela internet. Não há cobrança de mensalidade e um cadastro é feito no momento que o paciente vai até o local. As consultas custam a partir de R$ 79.
Com as dez clínicas em funcionamento, o grupo projeta uma média de 300 mil atendimentos até o fim deste ano. Serão cerca de 150 funcionários, além dos médicos.
Diversificação
A Rede Saúde pertence ao Grupo Catuaí, que atua no segmento de construção e incorporação. Foram três anos de estudo até o grupo diversificar sua atuação e entrar no segmento da saúde. “Nosso core business continua sendo a construção civil, mas vemos bastante espaço para o crescimento da Rede Saúde”, explica Khouri.
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