O Conselho Monetário Nacional (CMN) ampliou nesta quarta-feira (28) o limite de financiamento da Eletrobrás em 8,5 bilhões de reais, a 12 bilhões de reais, para atender aos projetos de Angra 3 e de linhas de transmissão do Complexo do Rio Madeira.
Os projetos já estão previstos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a ampliação do limite de crédito era um pré-requisito para que a estatal pudesse buscar os financiamentos necessários junto ao sistema financeiro.
O CMN, formado pelos ministros da Fazenda, Planejamento e presidente do Banco Central, também ampliou em 100 milhões de reais os limites de crédito da Copel, do Paraná, e da Companhia de Transmissão Centro-Oeste de Minas para atender a projetos regionais específicos.
Em outro voto, o CMN adiou em um ano, para 1o de janeiro de 2011, o prazo para que as instituições financeiras adotem novos procedimentos de classificação, registro contábil e divulgação das operações de venda ou de transferência de ativos financeiros.
Esses procedimentos prevêem que as instituições deverão manter em seus balanços os ativos vendidos nos casos em que houver retenção substancial de risco.
O chefe do Departamento de Normas do BC, Sérgio Odilon dos Anjos, afirmou que o adiamento ocorreu pelo fato de estar em curso uma discussão global para rever os procedimentos contábeis a serem adotados pelos bancos após a crise. O objetivo então foi aguardar um consenso em torno do assunto pelas entidades internacionais de contabilidade.
Odilon frisou que o BC não está preocupado com os procedimentos contábeis adotados atualmente pelas instituições.
"Não tem problema prudencial absolutamente no nosso mercado, nós estamos tranquilos quanto a isso", afirmou.
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