O governo se prepara para mais uma medida para aumentar o controle sobre os contratos de derivativos financeiros, instrumento usado por investidores para se proteger das oscilações do mercado e que, mal usado, gerou prejuízos bilionários a algumas companhias brasileiras em 2008. O Conselho Monetário Nacional (CMN) deve avaliar hoje uma regra para obrigar o registro de todos os contratos desse tipo firmados no exterior e sobre os quais as autoridades brasileiras têm pouco ou nenhum conhecimento. Pela proposta que deve ser avaliada pelo CMN, todo derivativo estabelecido no exterior deverá ser registrado no Brasil. Sem o registro, não será possível transferir dólares originados ou destinados a essa transação. Foram os derivativos que, atrelados a empréstimos tomados no Brasil, geraram prejuízos bilionários a grandes companhias como Sadia e Aracruz. O BC estima que empresas e bancos tomam cerca de US$ 35 milhões por mês em empréstimos via derivativos.
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