Inadimplência no Brasil recua a 4,9% em novembro, diz BC
A inadimplência no mercado de crédito brasileiro no segmento de recursos livres ficou em 4,9% em novembro, menor em relação a outubro, quando registrou 5%, informou nesta segunda-feira o Banco Central.
No período, o spread bancário foi de 21,2 pontos percentuais também neste segmento, abaixo dos 21,4 pontos percentuais vistos em outubro.
O BC informou ainda que o estoque total de crédito no Brasil subiu 1,3% em novembro ante outubro, chegando a R$ 2,963 trilhões, ou 58% do Produto Interno Bruto (PIB).
O porcentual de famílias endividadas teve leve aumento no último mês do ano, informou nesta segunda-feira (22) a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) apontam que 59,3% das famílias têm algum tipo de dívida neste mês. O resultado é 0,1 ponto porcentual maior do que o observado em novembro (59,2%). Na comparação com dezembro do ano passado, contudo, o endividamento caiu. Em dezembro de 2013, a fatia das famílias que tinham dívidas era de 62,2%.
"A cautela das famílias em relação ao consumo, observada nos índices de confiança e de intenção de consumo, faz com que mais consumidores quitem suas dívidas", afirmou o economista da CNC Bruno Fernandes. "Entre as famílias com dívidas, o comprometimento da renda com o pagamento destas aumentou, acompanhando o custo elevado do crédito", acrescentou.
No caso dos endividados, a parcela média da renda comprometida com dívidas aumentou na comparação anual, passando de 30,2% em dezembro do ano passado para 30,6% neste mês. Segundo a CNC, 22,0% delas afirmaram ter mais da metade de sua renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.
Na comparação mensal, também avançaram o porcentual de famílias com dívidas ou contas em atraso (de 18,0% em novembro para 18,5% em dezembro) e a fatia de consumidores que declaram não ter condições de pagar seus débitos e permanecerão inadimplentes (de 5,5% para 5,8%).
Em relação a dezembro do ano passado, porém, esses quesitos também apresentaram melhora. No último mês de 2013, a parcela das famílias que tinham contas ou dívidas em atraso estava em 20,8%. Já a fatia dos que permaneceriam inadimplentes era de 6,5%.
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