| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

O governo federal confirmou nesta quinta-feira (3) a adesão da CNH Industrial ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que busca preservar postos de trabalho em empresas que estejam passando por dificuldades. A companhia produz tratores e colheitadeiras das marcas New Holland e Case na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).

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Segundo o Ministério do Trabalho e Previdência Social, 1.489 funcionários da fábrica da CIC terão a jornada de trabalho e os salários reduzidos por cinco meses a contar da última terça-feira (1).

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O governo não informou o porcentual de corte na carga horária e na remuneração. Mas, quando aprovaram a entrada da empresa no programa, no início de dezembro, os trabalhadores da CNH Industrial aceitaram uma redução de 26% na jornada e de 13% na remuneração – conforme as regras do PPE, recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) cobrem metade do que seria a perda salarial dos profissionais.

Na mesma assembleia em que aprovaram a adesão ao PPE, os funcionários também concordaram com a suspensão temporária dos contratos (layoff) de 800 dos 1,8 mil funcionários durante os meses de janeiro e fevereiro.

Outras três empresas com fábrica no Paraná já haviam aderido oficialmente ao PPE: a Caterpillar, que produz pás carregadeiras e escavadeiras em Campo Largo; a fabricante de automóveis Volkswagen, de São José dos Pinhais; e a Pierino Gotti, de semirreboques, instalada em Colombo.

Mercado em retração

A adesão da CNH Industrial está ligada à recessão econômica e, em particular, ao péssimo momento do mercado de máquinas agrícolas. Em 2015, a produção nacional de tratores caiu 32% e a de colheitadeiras, 49%, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

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O ano de 2016 não começou melhor: em janeiro, a fabricação desses dois tipos de máquinas encolheu 65% e 42%, respectivamente, em relação ao primeiro mês do ano passado.