Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Pesquisa

CNI aponta que 42% das empresas devem ampliar investimentos para produzir mais

Brasília – Pouco menos da metade das empresas brasileiras pretende aumentar a quantidade de investimentos em 2008. Esses recursos serão destinados, principalmente, a aumentar sua capacidade de produção, segundo a Sondagem Especial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada ontem.

De acordo com os dados, 42% das empresas pretendem aumentar os investimentos no próximo ano. Esse porcentual sobe para 45% entre as grandes empresas. A pesquisa mostra ainda que 45% das empresas consultadas devem manter inalterados os seus investimentos e 13% esperam reduzir.

A sondagem mostra que 20% das empresas industriais registraram capacidade produtiva menor que a demanda prevista para 2008, nível semelhante ao observado no final de 2004 com relação à demanda prevista para 2005. Entre as grandes empresas, 14% assinalaram capacidade produtiva pouco adequada à demanda futura. O segundo objetivo dos recursos empregados no ano que vem será melhorar a qualidade do produto.

A CNI também informa que apenas 5% dos investimentos das empresas previstos para 2008 serão voltados prioritariamente para o mercado interno. Esse porcentual era de 11% em 2004. 73% das empresas informaram que vão investir visando prioritariamente o mercado interno e 22% responderam que atenderão igualmente aos mercados internos e externos.

Crédito

Segundo o economista da CNI, Paulo Mol, a sondagem mostra que as grandes empresas estão mais dispostas a investir em máquinas e equipamentos embora a expansão do parque produtivo seja mais necessária entre as empresas de pequeno porte. Segundo ele, esse cenário se deve à dificuldade que as empresas menores têm de acesso ao crédito.

Ele, no entanto, descarta a possibilidade de haver um aumento da inflação pelo fato de 22% das pequenas empresas indicarem que estão com a capacidade produtiva abaixo da demanda prevista para 2008. Entre as grandes empresas, esse porcentual é de 14%. "O risco é residual de ter uma inflação por causa disso. As empresas que responderam que estão com a capacidade produtividade pouco adequada à demanda prevista para 2008 são as que responderam que querem investir no próximo ano ", disse o economista.

O economista chefe da CNI, Flávio Castelo Branco, destacou que, apesar da queda dos juros no Brasil, a oferta de crédito se dirigiu principalmente aos consumidores e menos para as empresas. Segundo ele, é possível encontrar créditos mais longos para comprar bens de consumo do que para a aquisição de bens de capital. Citou como exemplo os empréstimos para compra de automóveis ao consumidor, com até 99 meses, prazo não encontrado para o crédito às empresas.

Ele também avaliou que as pequenas empresas apresentam maior necessidade de investir em 2008 porque investiram menos que as grandes empresas em 2007.

2007

No que se refere a este ano, os dados informam que apenas 4% das grandes empresas que planejaram investimentos para este ano adiaram ou cancelaram seus projetos. Esse porcentual sobe para 21% no universo das pequenas empresas.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.