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O setor industrial vai organizar o conjunto de reivindicações que levarão no dia 2 de agosto à reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) em três grupos: a desoneração do custo de energia, a ampliação da lista de setores desonerados na folha de pagamentos e a prorrogação do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra).

De acordo com o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, existe uma discussão em torno de uma redução de 10% a 15% no custo total da energia, mas ele avalia que esse porcentual ainda é insuficiente para muitos setores, como o de alumínio.

O CNDI, criado dentro do âmbito do programa Brasil Maior, tem como atribuição propor ao presidente da República políticas nacionais e medidas específicas orientadas ao desenvolvimento industrial. É presidido pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e reúne dez outros ministros e 11 agentes do setor privado.

Nesta manhã, em reunião realizada em São Paulo, dirigentes de várias indústrias discutiram os efeitos do plano Brasil Maior e os ajustes necessários daqui para frente. De acordo com Robson Andrade, as medidas já aplicadas pelo governo e que, essencialmente, foram aprovadas no Congresso apenas nesta semana ainda não tiveram efeito prático sobre a atividade industrial.

De acordo com ele, o setor produtivo continua muito estocado, especialmente o setor de autopeças e outros segmentos ligados ao setor primário, e é preciso avançar na gestão de novos projetos.

Segundo Andrade, a redução de impostos para a energia usada na indústria é um aspecto fundamental para dar impulso à produção. "Tem de ter uma redução forte desse custo, tanto por parte dos impostos da União como dos Estados, que dobram o custo real da energia", disse.

Sobre a desoneração da folha de pagamentos, Andrade disse que há reivindicação de alguns segmentos do setor de alimentos e do setor de transporte para adesão a esse benefício.

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