A confiança dos empresários industriais em relação ao setor e ao futuro da economia aumentou em janeiro de 2006. Isso significa uma recuperação gradual da confiança da indústria, mas, ainda assim, os efeitos da política monetária restritiva do ano passado influenciam as expectativas.

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A informação é do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgado nesta terça-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). "Os empresários ainda percebem deterioração dos negócios na comparação com os últimos meses, mas as expectativas para os próximos seis meses tornaram-se mais favoráveis", diz o documento.

De acordo com o estudo, o ICEI registrou 57,2 pontos contra 52,7 pontos registrados em outubro de 2005, numa escala que varia de 0 a 100 pontos sendo os números acima de 50 indicativos de empresários confiantes. Em relação ao ano passado, porém, o ICEI mostrou um recuo significativo. Em 2005, o índice alcançou 64,9 pontos, 7,7 pontos acima do resultado deste ano. "O indicador de 57,2 pontos está claramente acima da linha de 50 pontos, mas é o menor indicador dos meses de janeiro desde 1999", diz o documento.

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A CNI alerta que em janeiro tradicionalmente há um aumento na confiança dos empresários, já que eles fazem novos planos no início de ano. "Desse modo, o aumento do indicador deve ser avaliado com cautela", afirma o documento.O indicador que mede o sentimento do empresário em relação ao desempenho da economia brasileira nos próximos seis meses cresceu de 52 pontos para 58,4 pontos.

Segundo o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, o empresário acredita que a economia deve continuar se recuperando nos próximos meses, mas de forma gradual.

- O empresário está mais otimista em relação a outubro do ano passado, mas ainda olha o desempenho da economia com muita cautela. Ou seja, a confiança poderá refletir na decisão do investimento, que também deverá ser cautelosa - afirmou Fonseca.

Quanto às expectativas em geral, o indicador atingiu 62,8 pontos contra 57,3 pontos em outubro, um aumento de 5,5 pontos. Mas, a CNI volta a alertar que é importante qualificar esse aumento. No ICEI, segundo a entidade, esse é o menor indicador para os meses de janeiro desde 1999. Em relação às condições atuais dos negócios, os empresários ainda vêem um cenário desfavorável, mesmo que de forma mais branda do que em outubro de 2005. O índice de confiança cresceu, passando de 43,5 para 46,1 pontos, mas se mantém abaixo dos 50 pontos.

No que diz respeito às condições da própria empresa, a percepção dos empresários se manteve estável em relação a outubro. Entre as grandes empresas, o indicador subiu de 48,4 para 51, 3 pontos. Já entre as pequenas e médias, o índice ficou próximo da linha divisória dos 50 pontos: 47,9 pontos. A pesquisa da CNI foi feita com 1.240 pequenas e médias empresas e 212 grandes, entre os dias 4 e 24 de janeiro de 2006.

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