A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro terá expansão de 2,4 por cento em 2009 e o PIB industrial crescerá 1,8 por cento.
"O cenário para a economia brasileira mudou radicalmente com a eclosão da crise mundial", comentou a entidade em informe conjuntural divulgado nesta terça-feira. "Originada na maior economia do mundo, a crise se propagou de forma intensa e contaminou as economias de todos os países."
Para a CNI, a economia brasileira registrará retração no último trimestre deste ano na comparação com o período anterior, de 1,5 por cento, e nova queda de 1,1 por cento no primeiro trimestre de 2009 - o que caracterizará uma recessão técnica.
Em 2009, o crescimento vai ser liderado pelo consumo das famílias, que avançará 3 por cento, cerca de metade do avanço deste ano, segundo a entidade.
A formação bruta de capital fixo, uma medida dos investimentos, terá uma forte desaceleração forte, crescendo 3,0 por cento em 2009 depois da expansão de 14,4 por cento projetada para 2008.
A CNI atribuiu esse movimento à redução da demanda e do acesso ao crédito, à desvalorização do real e à maturação dos investimentos já em curso.