O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, divulgou nota nesta terça-feira lamentando a saída de Antonio Palocci no ministério da Fazenda, mas elogiando a escolha de Guido Mantega para o cargo de ministro. Segundo ele, é importante "que o presidente afirme seu compromisso com certas diretrizes da política econômica que devem ser preservadas e que o país e o mercado possam receber com serenidade essa substituição do ministro".

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Leia a íntegra abaixo:

"A saída do ministro Palocci sem dúvida nenhuma é algo lamentável, pois ele imprimia à condução da política econômica uma postura serena e equilibrada. Há, sem dúvida, um balanço positivo da sua gestão e um reconhecimento nacional sobre seu período à frente do Ministério. Por outro lado, esses fatos que envolveram o ministro e se relacionam à vida anterior ao Ministério, contribuíram para criar em torno dele um certo clima de instabilidade e de questionamentos. Isso é, para um ministro da Fazenda, algo indesejável. Portanto, entendemos que esse processo, com a intensidade que teve nos últimos dias, desaguaria numa solução. Portanto, houve um desfecho.

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"Agora vamos deixar uma palavra de confiança no país, nas instituições, numa sociedade madura e democrática. O importante é que o presidente afirme seu compromisso com certas diretrizes da política econômica que devem ser preservadas e que o país e o mercado possam receber com serenidade essa substituição do ministro."

"O setor produtivo recebe como positiva a indicação de Guido Mantega para o cargo de ministro da Fazenda. Acho que o presidente foi feliz na escolha. Guido Mantega alia a formação técnica a uma boa base teórica, é um economista respeitado e, ao mesmo tempo, revelou, como ministro do Planejamento e presidente do BNDES, competência no desempenho das funções. Portanto, ele está amplamente credenciado para continuar esse trabalho que o ministro Palocci realizou. Ele conta com a confiança do presidente da República - isso é muito importante - e, portanto, tenho certeza que o Brasil continuará a ter uma gestão econômica responsável".