Os indicadores industriais de setembro medidos pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mantiveram a trajetória de recuperação na comparação com o mês anterior. Segundo dados divulgados hoje, as vendas reais (descontada a inflação) tiveram um crescimento de 1% em setembro em relação a agosto, pelos dados dessazonalizados. Porém, na comparação com setembro de 2008, houve uma queda de 4,7%. No acumulado de janeiro a setembro de 2009, a indústria registra queda de 7,5% nas vendas reais, em relação a igual período do ano passado.
Já as horas trabalhadas, que é a variável que mede de forma mais próxima a produção, cresceram 0,4% em setembro ante agosto, mas recuaram 10,4% ante setembro de 2008. No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, as horas trabalhadas estão menores 9 1% do que o registrado de janeiro a setembro do ano passado. O aquecimento da atividade industrial, entretanto, não levou a pressões no uso da capacidade produtiva. Após o ajuste sazonal, o nível de utilização recuou em setembro para 79,8%, ante 80,2% em agosto. Em setembro do ano passado, o nível de utilização da capacidade instalada era de 84,4%.
O emprego industrial cresceu 0,2% em setembro em relação a agosto, também pelos dados dessazonalizados, mas os postos de trabalho na indústria tiveram uma redução em 4,8% ante setembro de 2008. No acumulado de 2009 até setembro, o emprego industrial caiu 3,5% na comparação com o mesmo período de 2008. A massa salarial real (deflacionada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC) registrou queda de 3,9% em relação a setembro de 2008 e apresenta uma redução de 2,1% no acumulado de janeiro a setembro de 2009. A CNI não divulga este indicador dessazonalizado em relação ao mês anterior. Pelos dados originais, ou seja, sem o ajuste sazonal, a massa salarial real cresceu 2,7% em setembro ante agosto.