A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) revisou para baixo sua expectativa para o crescimento do mercado de seguros em 2014, que passou de 15,6% para 11%. A mudança, segundo Marco Antonio Rossi, presidente da entidade e da Bradesco Seguros, foi motivada pelo desempenho de previdência privada aberta, que ainda não se recuperou totalmente do impacto da mudança das regras de alocação de recursos, e pela volatilidade no mercado futuro de juros, que comprimiu a rentabilidade dos títulos e impulsionou uma onda de saques no ano passado.
Ele minimizou ainda o impacto do menor desempenho econômico no setor de seguros. "Fizemos um reposicionamento. O mercado de seguros ainda deve crescer dois dígitos, na faixa de 11%. É uma área diferenciada da economia brasileira, mantendo rotina dos últimos dez anos, de um crescimento sempre muito sólido", destacou Rossi, em conversa com jornalistas, nesta quinta-feira, 04.
De acordo com ele, a recuperação do setor de previdência privada aberta, que deve voltar a crescer no segundo semestre, e o fato de a base de comparação já estar refletida pelos impactos das mudanças nas regras deste segmento devem contribuir para o setor de seguros manter crescimento na casa dos dois dígitos. Rossi lembrou que no Brasil o mercado de seguros tem ainda baixa penetração.
"Temos uma possibilidade de aumento da penetração de seguros no Brasil que acaba suprindo algum desempenho da economia que venha aquém daquilo que a gente imagina. Isso ainda é muito favorável para o mercado segurador", avaliou o presidente da Cnseg. O baixo índice de desemprego no Brasil, conforme ele, favorece a contratação do seguro, principalmente no segmento de pessoas, que inclui seguros de vida e previdência privada.
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