A possível aquisição do grupo paranaense Leão Júnior e de suas marcas de chá Matte Leão pela Coca-Cola do Brasil é um negócio buscado há anos pela multinacional americana, que teve o sinal verde quando a Leão abriu uma espécie de concorrência, da qual participaram mais quatro empresas, entre elas a indiana Tata Tea. A oferta da Coca-Cola, não divulgada, saiu vencedora, e a compra entrou em processo de "due dilligence", em que as contas da empresa são analisadas minuciosamente. Dependendo do resultado da vistoria, as empresas negociarão o valor final, havendo a hipótese de a compra não ser concretizada. A informação veio de uma fonte que acompanhou de perto todo o processo, mas prefere não se identificar.
O pedido de compra e venda foi registrado na semana passada na Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça, conforme a lei exige para empresas cujo faturamento ultrapasse R$ 400 milhões ou cuja participação de mercado seja maior do que 20%. No caso do chá pronto para beber, as marcas Matte Leão e Nestea (que no Brasil é fabricado e engarrafado por fabricantes Coca-Cola) têm juntas mais de 70% do mercado o que, para alguns analistas, deve pesar contra o processo de venda. Se for aprovado pela SDE, o processo vai ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), também ligado à pasta da Justiça.
A paranaense Leão Júnior é líder no mercado brasileiro de chás secos (em saquinhos ou a granel) e também no de chá pronto para beber. Segundo o balanço da empresa, publicado no final do mês passado, o faturamento em 2006 foi de R$ 158,9 milhões, 18% mais que em 2005. O lucro foi de R$ 25,3 milhões, um crescimento de 125%, frente a um endividamento praticamente inexistente.
O resultado do exercício de 2006 da Coca-Cola no Brasil deve ser divulgado em junho. A operação global da empresa teve lucro de US$ 678 milhões no quarto trimestre, uma queda de 22% em relação ao mesmo período de 2005. A empresa explicou a queda alegando impacto negativo da Coca-Cola Enterprises, sua maior engarrafadora.
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