Cerca de 40 colaboradores de áreas administrativas da distribuidora Spaipa foram demitidos na semana passada pela nova controladora da empresa, a mexicana Coca-Cola Femsa, que comprou a companhia neste ano por R$ 4,4 bilhões. Segundo o vice-presidente de assuntos corporativos e jurídicos da Coca-Cola Femsa Brasil, Eduardo Lacerda, os desligamentos ocorreram dentro do processo de ajuste e reestruturação das quatro fábricas da Spaipa, que empregam seis mil pessoas.
O executivo disse que não houve demissões na área operacional e que o ajuste, além de eliminar duplicidade de funções, incluiu a promoção de colaboradores da empresa paranaense para postos estratégicos dentro da nova operação. "Como em todo processo de aquisição, a integração da Spaipa S/A pela Coca-Cola Femsa exigiu uma reestruturação para otimizar os processos e resultados."
Um grupo multidisciplinar trabalhava na integração das duas empresas e planejava concluir o plano de ajuste no fim de fevereiro. Com o fim do trabalho antes do previsto, as demissões foram antecipadas, mas de acordo com Lacerda os funcionários desligados receberão salários até fevereiro.
Funcionários relatam que o clima na empresa está pesado e que há temor de novas demissões.
Compra
Com a aquisição da Spaipa no fim de outubro, a Coca-Cola Femsa Brasil assumiu o atendimento dos consumidores de 399 cidades do Paraná e de 336 cidades de São Paulo, além da operação das fábricas de Curitiba e Maringá (PR) e de Marília e Bauru (SP). A empresa tem 39% do volume total do sistema Coca-Cola no Brasil.