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Código de barras faz 30 anos no Brasil

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Década de 1980, chegava ao Brasil a tecnologia do código de barras. A primeira reação foi de resistência. Os sindicatos reclamavam da possibilidade de desemprego, os consumidores temiam ser trapaceados com a retirada das etiquetas de preços e até existia o temor de que o laser dos scanners fosse prejudicial à vista das pessoas. Trinta anos depois, o panorama é outro. Os códigos de barras não só reduziram os custos do trabalho, aumentaram a eficiência de varejistas como também estabeleceram novos parâmetros para a relação entre as grandes lojas e o consumidor. Além de reduzir a possibilidade de cobrança indevida ao digitar o preço no caixa, os códigos trazem informações sobre a fabricação do produto e a validade.

Com o decreto que obriga a instalação de um leitor de código de barras a cada 15 metros nas áreas de consumo das lojas, o cliente também tem a possibilidade de comparar os preços de maneira mais ágil e precisa.

"O código de barras é a maneira mais objetiva do supermercado ou loja apontar o preço dos seus produtos, sem erro e sem margem de dúvida", afirma Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste).

No momento em que consulta o preço do produto nas leitoras, o Código de Defesa do Consumidor também obriga que o visor aponte informações básicas como o nome do produto e quantidade.

O código também protege o consumidor da confusão das mudanças de preços nas prateleiras. Quando há diferença entre o preço da etiqueta e o registrado no código, o estabelecimento deve cobrar o valor mais baixo. "Por algum erro, pode acontecer de ter uma discrepância nos preços. O consumidor deve consultar o registro do código na loja e exigir que seja cobrado o menor valor pelo produto", alerta.

Indiretamente, a adoção da tecnologia codificada também trouxe mais segurança ao consumidor. Com maior controle logístico, o código diminui as chances de produtos vencidos no estoque e a checagem de dados de fabricação e sobre a cadeia daquele produto é mais simples. "O código serve para que o varejista tenha total controle daquilo que entra e sai da sua loja. Com isso, o benefício se estende ao consumidor", afirma o advogado especialista em Direito do Consumidor, Alexandre Roncatti.

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