O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, disse neste sábado (01) que o país andino não irá conceder contratos para a produção e exploração petróleo próximos ao arquipélago San Andres, importante destino turístico e de biodiversidade.

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Companhias petroleiras no quarto maior produtor de petróleo da América Latina tiveram problemas no último ano com licenças ambientais e protestos por parte de comunidades, ainda que o país continue arrecadando bilhões de dólares em investimentos.

"Eu quero dar a todos os habitantes de San Andres de Providencia essa notícia e a segurança de que não haverá exploração ou produção", disse Santos.

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"Eu estudei isso em profundidade com os ministros do Meio Ambiente e de Energia... a conclusão a que chegamos após estudar com especialistas de ambos os lados é a de que não vamos permitir que (os contratos) sejam assinados", disse Santos em discurso semanal.

No ano passado, a Ecopetrol e a espanhola Repsol-YPF ganharam os contratos para explorar o potencial petrolífeiro de San Andres, mas os acordos foram interrompidos pois o governo não consultou as comunidades nem deu tempo às autoridades para analisarem o impacto das atividades petroleiras na ilha.

Estima-se que a costa caribenha da Colômbia tenha grandes reservas de gás natural bem como petróleo, em menor extensão, mas seu setor offshore do país é subdesenvolvido.

A proibição não deve afetar os investimentos em petróleo na Colômbia, onde uma postura pró-investimentos, um ambiente regulador estável e a melhora da segurança após uma ofensiva militar contra insurgentes, com apoio dos EUA, provocaram um boom nos investimentos de petróleo e mineração.

Já visto como um Estado fracassado, focado na guerrilha e na violência das drogas, a Colômbia está lentamente mudando sua imagem, atraindo novos investidores que permitiram que a produção de petróleo atingisse máximas recordes, se aproximando de 1 milhão de barris por dia.

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