Uma empresa de Colombo especializada na produção de cores e aditivos para a indústria do plástico vem apostando na inovação para se manter em um mercado ainda bastante pulverizado. O último lançamento da Colorfix é um produto que reduz em 15% o tempo de fabricação de peças de plástico desenvolvido em parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
A Colorfix se concentra na fabricação de um item chamado de masterbatch, usado para dar cor ao plástico. Ele é adicionado geralmente em uma proporção de 2% na mistura de polímeros. É um mercado bastante pulverizado, com mais de 250 empresas, no qual a companhia se concentra entre as 20 maiores do país, com faturamento de R$ 50 milhões em 2014.
Com tantos concorrentes, a estratégia da empresa paranaense tem combinado o lançamento constante de opções de cores (são mais de 50 mil), novos aditivos e combinações que garantam ganhos para seus clientes, além de catálogos que “conversem” melhor com quem decide pela adoção de cores e acabamentos, em especial os designers.
“O ponto de partida é buscar identificar dificuldades dos clientes. Fazer a cor é a parte mais simples”, diz Francielo Fardo, superintendente da Colorfix. “Olhamos para os ganhos de produtividade e de qualidade que podemos oferecer.”
Foi assim que a empresa lançou sua primeira inovação, em 2002, um aditivo que permite a coloração do plástico com uma mistura de 1%, em vez dos 2% normais. Apesar do custo mais alto, o produto permite uma economia de até 30% nas fábricas.
Produtos
A linha de produtos inclui aditivos que reduzem o atrito entre o plástico e as máquinas para melhorar o acabamento, outro para “selar” a máquina nos intervalos de produção (o que reduz o custo na hora do religamento) e vários itens que alteram as propriedades do plástico, dando brilho, proteção contra bactérias, entre outros.
As parcerias com outras empresas e instituições de ensino são importantes para levar os produtos ao mercado. No caso do último lançamento, o Processfix HP, que reduz o tempo de secamento das peças e, consequentemente, diminui o uso de energia e aumenta a produtividade das máquinas, a parceria foi com a norte-americana Milliken e a UTFPR.
“Buscamos a solução química no mercado, mas ela precisa entrar em nosso processo produtivo e passar por testes, feitos na universidade, que validam a funcionalidade que estamos vendendo”, diz o executivo.