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A bolha chinesa

Não há dúvida de que estourou a bolha da bolsa chinesa. As medidas desesperadas do governo chinês para conter o mercado são prova disso. Houve ameaças a quem vende ações a descoberto (especuladores iriam para a cadeia?), sustentação de preços com dinheiro de fundos de pensão, redução de taxas para corretoras e suspensão da venda de ações. Uma análise do Financial Times até brincou: só faltou uma lei dizendo que às ações só é permitido subir.

A reação do governo chinês não será suficiente para reinflar a bolha, e essa nem deveria ser sua principal preocupação. A história das crises mostra que os mercados em algum momento encontram um piso, com ou sem apoio a preços. O problema está na solvência do setor financeiro. Ainda não está clara qual a exposição dos bancos chineses às perdas no mercado de ações. Na crise de 2008, esse não foi um problema, mas desta vez pode ser diferente. A pergunta para a qual teremos resposta nas próximas semanas: qual o risco de contágio do mercado de ações para os bancos?

Se valer a história de 2008, o impacto será pequeno. O mercado de ações chinês é menor do que em países avançados e mesmo alguma exposição dos bancos pode ser coberta pelo governo chinês, que tem maior facilidade em fechar instituições e “socializar” as perdas, se for o caso. É muito difícil, no entanto, que um estouro de bolha acompanhado de contágio financeiro não seja seguido de desaceleração da economia. E aí está o risco para o resto do mundo, em especial fornecedores de matérias-primas, como o Brasil. O crescimento chinês vem caindo nos últimos anos e, embora os países ricos estejam em recuperação, não existe outra fonte de demanda desse porte no radar. Qual o tamanho do risco? Baixo, mas não é desprezível.

TNT

A unidade da transportadora TNT que atende Paraná e Santa Catarina manteve seu plano de crescimento de 14% para 2015. A companhia, que tem 20 unidades e cobre todos os municípios dos dois estados, cresceu 22% na região em 2014, com o movimento de 15 milhões de pacotes. No primeiro semestre deste ano, a expansão deve ficar entre 6% e 7% – ritmo que deve se acelerar no segundo semestre. O desempenho ocorre mesmo com a crise no setor automotivo, o segundo maior cliente da empresa na região – as entregas de autopeças para reposição ainda vão bem embora a produção de carros esteja em queda. Neste ano, a regional está recebendo um investimento de R$ 39 milhões.

Locomotivas

O BNDES liberou um financiamento de R$ 70 milhões para a GE entregar 19 locomotivas no país. Uma das encomendas que a empresa vai atender foi feita pela Rumo ALL, que tem um plano de investir mais de R$ 2 bilhões em sua malha Sul. Das máquinas compradas, sete são para a Rumo. O financiamento do BNDES corresponde a 50% do valor do negócio.

Stival

A Stival Alimentos espera crescer 15% neste ano, chegando a um faturamento de R$ 135 milhões. A companhia vem expandindo as vendas com a entrada em novos mercados, como o de risotos prontos. No último ano, foram 30 lançamentos, frutos de um investimento forte em pesquisa e desenvolvimento (R$ 15 milhões, em três anos, segundo a empresa). O último lançamento da companhia foi a linha Momento Gourmet, com produtos mais sofisticados, como arroz arbóreo, massas de grano duro e sopas especiais.

Congresso de Economistas

Curitiba vai receber de 9 a 11 de setembro o 21º Congresso Brasileiro de Economia, promovido pelo Corecon-PR, em parceria com o Cofecon. Entre os convidados está o economista Otaviano Canuto, diretor-executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI). Canuto passou pela USP e pela Unicamp e foi vice-presidente do Banco Mundial.

Pedágio

O movimento nas praças de pedágio no país caiu 1,2% no primeiro semestre, principalmente por causa do recuo de 5,7% no tráfego de veículos pesados. Os dados da ABCR são um termômetro do tamanho da crise. Recessão significa menos caminhões nas estradas.

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